De acordo com a CNBC, as empresas que lideram a corrida são Microsoft — que conta com uma parceria com a rede varejista Walmart — e Oracle. Segundo as fontes, o valor de venda do TikTok ficará entre US$ 20-30 bilhões (R$ 109,81-164,71 bilhões, na cotação atualizada). Entretanto, ainda que a venda se confirme como previsto, todo o processo pode acabar se atrasando um pouco: a ByteDance atualizou sua lista de tecnologia a ser exportada, incluindo alguns recursos de inteligência artificial que, afirma a empresa, precisariam ser licenciados pelo governo chinês antes de operarem em solo americano. Originalmente, o Walmart buscava ser um acionista majoritário da aquisição do TikTok nos EUA, contando com uma parceria que também envolvia a Alphabet (o consórcio que é dono do Google, entre outras empresas) e a gigante japonesa de telecomunicações Softbank. Entretanto, as mesmas fontes da CNBC afirmaram que o governo dos Estados Unidos exigiu que o processo de venda e compra das operações americanas do app fosse uma empresa de tecnologia. A partir daí, Alphabet e Softbank abandonaram a corrida, forçando o Walmart à parceria com a Microsoft — porém agora, a rede de varejos possuiria uma propriedade minoritária. Recentemente, o agora ex-CEO do TikTok nos EUA, Kevin Mayer, renunciou ao seu cargo, tendo ocupado a cadeira de líder por apenas 100 dias, assumindo a posição depois de uma longa trajetória de liderança na Disney. Os motivos não foram esclarecidos, mas boatos indicavam que a relação do TikTok com o governo dos EUA — e, especialmente, o presidente Donald Trump — não compensavam o trabalho previsto pelo cargo.

O que a venda do TikTok tem a ver com o governo dos EUA?

O TikTok é uma propriedade do conglomerado chinês ByteDance, uma das maiores empresas de tecnologia da China e da Ásia. Entre o final de 2019 e todo o ano de 2020, o app, que consiste de uma rede social de vídeos com alto potencial de viralização, tornou-se extremamente popular nos Estados Unidos — hoje, os “TikTokers”, influenciadores do app, ganham milhares de dólares com seus conteúdos. O problema: o aplicativo acabou entrando no fogo cruzado de uma já longeva guerra comercial entre Donald Trump e empresas chinesas e sino-americanas. Desde que foi eleito presidente, Trump moveu uma série de sanções a várias companhias da nação asiática dentro dos EUA: Huawei e ZTE, por exemplo, seguem proibidas de oferecerem equipamentos de consumo (smartphones, tablets e computadores) e de telecomunicações (roteadores, switchers e servidores em nuvem) em solo americano, nem tampouco fazerem qualquer negócio com empresas dos EUA. O motivo para isso: Trump acredita que algumas das empresas chinesas estão usando seus produtos para coletarem informações privadas de usuários norte-americanos, compartilhando tudo com o Partido Comunista, que governa a China há décadas. O TikTok acabou sendo o novo alvo de Trump. Não ajudou em nada o fato de que o TikTok, segundo relatos da mídia, estaria utilizando métodos de rastreamento de informações que foram banidos pelo Google. Decerto, não apenas o governo chinês como as várias empresas acusadas negaram veementemente as afirmações, mas isso não impediu que Trump assinasse, no começo de agosto, uma ordem executiva que proibía o TikTok de atuar nos EUA, exigindo que, caso a ByteDance quisesse manter-se ativa no país, obrigatoriamente vendesse suas operações americanas a uma empresa local. Desde então, nomes como Microsoft, Walmart, Oracle e Twitter, entre outros, sinalizaram ou foram alvo de rumores de que estariam interessados em adquirir a empresa. Agora, parece que esse capítulo chegará de fato ao fim. Fonte: CNBC

Venda do TikTok pode ser anunciada em 01 09  com valor de at  R  165 bilh es - 27Venda do TikTok pode ser anunciada em 01 09  com valor de at  R  165 bilh es - 2