A ideia está sendo vista com muita repulsa pela opinião pública a abre o debate: qual o próximo passo disso? Pode acontecer uma grande revolução no mundo da segurança? Entenda o caso agora mesmo.

Decisão será tomada no final de novembro de 2022

O Comitê de Regras do Conselho de Supervisores da cidade de São Francisco voltou a revisar uma política de uso de equipamentos para o combate ao crime. A discussão sobre os robôs já utilizados para desarme de bombas ganharem a licença para matar é um tanto polêmica pelo simples fato de que a força de um robô é muito maior do que o de uma pessoa. A regra que será discutida é sobre situações em que a força letal seja a única opção para salvar pessoas em uma situação de extremo perigo. Os conselheiros irão decidir se os robôs da polícia de São Francisco então podem receber um “upgrade” que permitiria que tiros fossem realizados de longe sem colocar a vida das vítimas em risco. Atualmente, a SFPD (San Francisco Police Department) tem 17 robôs controlados de forma remota e 12 deles estão ativos. Caso seja aprovado, o documento com novas regras para o uso destes aparelhos também permitirá que sejam feitos “treinamentos e simulações, apreensões criminais, incidentes críticos, circunstâncias exigentes, execução de um mandado ou durante avaliações de dispositivos suspeitos”. Na prática, é como se os robôs da Polícia de São Francisco ganhassem conhecimento e principalmente equipamentos para se comportar em situações que exigem força letal (assassinato de suspeitos). É verdade que os atuais equipamentos utilizados possuem aptidão para desarmar bombas e/ou lidar com materiais perigosos, mas vale lembrar que os fabricados pela Remotec possuem um sistema de arma opcional. O modelo F5A tem um acessório chamado disruptor PAN, que carrega uma espingarda com 12 cartuchos. A tecnologia sempre esteve disponível, mas até agora, a possibilidade de usá-la nunca havia sido autorizada.

Robô foi usado em situação crítica em 2016

Caso a nova regra seja aprovada, esta não seria a primeira vez que veríamos robôs controlados de forma remota utilizados para matar. Em 2016, a polícia de Dallas causou uma explosão que matou o suspeito de causar um massacre e matar 16 pessoas, cinco delas policiais, na capital do estado do Texas. O caso aconteceu na noite de 09 de julho e o suspeito foi morto no dia seguinte, pela manhã. O prefeito de Dallas disse na época do ocorrido que não foram utilizadas balas para que o suspeito, que não teve seu nome revelado, fosse atingido. David Brown, chefe da Polícia de Dallas, citou que usou o robô controlado de forma remota para evitar que os demais integrantes de sua equipe se arriscassem. Até hoje, não se sabe qual foi o dispositivo que ativou a bomba e matou o suspeito do tiroteio. Outro caso no qual se tem conhecimento é da Polícia de San José, na Califórnia. Em abril de 2015, os especialistas conseguiram evitar que um homem cometesse suicídio ao realizar a entrega de comida e um telefone. Há sim a possibilidade dos robôs serem uma boa adição à segurança pública, mas isso também pode abrir possibilidades de injustiças acontecerem. É algo que precisa liberado com muita cautela e todos os pontos precisam ser revisados. Como você esta regra sendo utilizada no Brasil? Diga pra gente nos comentários! Veja também Carro autônomo foge após ser parado pela polícia nos EUA e viraliza Fontes: Tech Crunch l The Verge l Vox