Para tentar diminuir essa abstinência, o engenheiro de softwares Zack Thoutt usou um algoritmo para prever o que irá acontecer no sexto livro da série. “Eu estou cansado de esperar pelo próximo livro de Game of Thrones, por isso decidi treinar uma rede neural – uma forma de inteligência artifical – recorrente com os primeiros cinco livros e usar predições da rede para criar o sexto livro da série”, explicou na página do Github, onde o projeto está publicado. Depois de alimentar um tipo de uma inteligência artificial conhecido como uma rede neural, o engenheiro incluiu mais de 5.000 páginas dos cinco livros anteriores da série Game of Thrones escritos por R. R. Martin. O engenheiro forneceu a máquina apenas a primeira palavra de cada capítulo, sempre o nome de um personagem para seguir o estilo do autor original, e o número de palavras a serem geradas. E o resultado foi surpreendente. As redes neurais são algoritmos de aprendizado de máquina que são inspiradas pela capacidade do cérebro humano, aprender com experiências passadas, e as redes neurais recorrentes são uma subclasse delas, que lidam com sequências de dados, como textos.
O que o robô previu?
Antes de mais nada, deixa eu avisar que este será um território repleto de spoilers. Siga por sua conta e risco! 😉 De acordo com as previsões do robô, algumas teorias de fãs de longa data para o livro The Winds of Winter acontecem. Jon Snow voa comandando um dragão. Isso vem com mais força depois que foi revelado no último episódio da última temporada de que o bastardo Stark é, na verdade, Aegon Targaryen, filho de Rhaegar Targaryen com Lyanna Stark, e sobrinho de Daenerys Targaryen. Outro acontecimento importante é o envenenamento da Mãe dos Dragões por Varys. Já Cersei Lannister é morta pelo irmão gêmeo, Jaime. O robô também apresenta algumas voltas de tramas bastante inesperadas como a presença de Ned Stark, morto no início da trama, o que não faz muito sentido. Mas, é compreensível já que existem personagens que voltam da morte na obra original. Um novo personagem, Greenbeard, é apresentado e Sansa Stark é, na verdade, uma Baratheon.
Mas não é tão perfeito assim
Segundo o criador, nem tudo está perfeito. A escrita é desajeitada e, na maioria das vezes, sem sentido. “O robô não está construindo uma história de longo prazo e a gramática não é perfeita. Mas, é capaz de aprender os conceitos básicos da língua inglesa e a estrutura do estilo de George R. R. Martin por conta própria”, completa Thoutt . É possível ler todos os capítulos na página GitHub para o projeto. Cada capítulo começa com o nome de um personagem, assim como os livros reais de R. R. Martin. Apesar de todos os problemas, esses cinco capítulos desajeitados são as melhores coisas que temos enquanto aguardamos que Martin termine The Winds of Winter, ou a HBO anuncie quando será a temporada final.