A AMD enviou um sample do HP ProBook x360 435 G7 para o Showmetech e depois de algumas semanas de uso eis a nossa análise completa.
Design
Particularmente eu sou adepto da cor preta em quase todos os meus aparelhos, do celular ao computador. No entanto eu abriria uma boa exceção para o HP ProBook x360 435 G7. O modelo possui uma sólida estrutura de alumínio na tradicional cor prata, com a logo da HP espelhada na parte de cima do produto. É louvável o capricho o qual a marca teve ao desenvolver todo o visual do notebook. O chassi contém poucas partes de plástico, dando ao notebook da HP um visual premium e uma carcaça muito resistente. O aparelho também não decepciona no peso, situando-se na casa de 1.3 kg, e na espessura, sendo um notebook ultrafino perfeito para locomoção. Suas dimensões são: 1,8 cm de espessura, 30,8 cm de largura e 22,3 cm de profundidade. O teclado segue o padrão ABNT2 e não possui firulas. As teclas possuem uma coloração preta com os dígitos em branco, mas infelizmente não são retroiluminadas, portanto pode ser um problema caso você goste de digitar no escuro. O material é macio e oferece boa resposta tátil. Algumas teclas específicas como Caps Locks e os botões de volume possuem uma pequena luz branca ou laranja para indicar que a função está ativada ou desativada. O mousepad tem um tamanho considerável e uma boa responsividade. O botão de power é incorporado ao teclado e não nas laterais, com o intuito de reduzir o espaço. Há um sensor próprio e separado para autenticação do Windows por impressão digital, que funciona muito bem. Falaremos mais sobre a tela no próximo tópico, mas o display não acompanha toda a carcaça do aparelho, deixando com alguns bordas pretas. Na parte superior há uma boa webcam de 720p com função de “fechar e abrir” para aumentar a privacidade do usuário. Falando em conectividade, o HP ProBook x360 435 G7 possui 2 portas USB 3.1 Gen 1, 1 porta USB Tipo-C, 1 entrada HDMI, 1 entrada conjunta para fone/microfone, 1 leitor de cartões e trava de segurança. No entanto, fica nítida a ausência de uma entrada para cabo Ethernet, o que me decepcionou um pouco. Os alto-falantes estão localizados perto do teclado e oferecem uma boa qualidade sonora, mas nada que impressione muito. A parte traseira do aparelho é simples e possui apenas uma grade no formato de colmeia para a dissipação de calor. Na lateral do HP ProBook x360 435 G7 também há outra grande com a mesma função. Esse resfriamento funciona de forma aceitável e não deixa o teclado quente, mas ainda assim esquenta a parte posterior do notebook e pode incomodar caso seja usado no colo. A caixa do HP ProBook 435 G7 traz apenas o notebook, sua fonte de alimentação e um uma caneta própria da HP para utilizar na função tablet do aparelho.
Tela
O HP ProBook x360 435 G7 já ganha muitos pontos quando diz respeito ao design e sua tela também faz um ótimo trabalho. O monitor conta com um display touchscreen de 13,3 polegadas na resolução Full HD (1920×1080 pixels) de 250 nits. O painel é do tipo UWVA (Ultra Wide Viewing Angle), muito similar à tecnologia IPS. O IPS reduz a distorção das cores através da visualização por diferentes ângulos, ou seja, aquela diferença de cores quando olhamos uma tela pelas laterais, por cima ou baixo, não acontece aqui. Entretanto, geralmente esses painéis deixam a desejar no contraste de cores. Felizmente não é o que acontece com o HP ProBook x360 435 G7. O notebook mantém um excelente contraste, com cores expressivas e vivas, tons de preto acentuados e nítidos. Assistir filmes ou jogar com essa tela proporciona uma ótima experiência visual. A linha x360 da HP indica os notebooks conversíveis da empresa, ou seja, a possibilidade de transformar seu laptop convencional em um tablet, com inclinação de tela a até 360 graus. O HP ProBook x360 435 G7 cumpre essa função com excelência e a resposta tátil da tela não decepciona. Usar o notebook em modo tablet é quase que instantâneo, basta virar ou apenas tocar a tela e pronto. A HP inclui no pacote uma caneta digitalizadora própria para usar na tela do notebook no intuito do usuário fazer desenhos, anotações, etc. O acessório funciona à base de uma pilha e é bem interessante para realizar apresentações ou mesmo dar aulas online ao utilizar programas como o Microsoft Whiteboard.
Bateria
O HP ProBook x360 435 G7 conta com uma bateria de 3 células de 45 Wh e um carregador de 65 Watts. O modelo se sai como o esperado nos testes e dura cerca de 3 horas e meia à 4 horas longe das tomadas. O carregamento é feito em pouco mais de 1 hora para atingir o 100%. Ao abrir o aparelho é possível realizar a troca da bateria ao desparafusar seu compartimento. Essa opção sempre é muito bem-vinda em notebooks e possibilita maior longevidade aos aparelhos.
Sistema
Notebooks com foco no trabalho não têm um sistema tão potente, mas o HP ProBook x360 435 G7 foge dessa regra ao apresentar especificações muito interessantes. O modelo conta com um pente de 8 GB de memória RAM 3200 MHz, um SSD de 256 GB no formato M.2 e placa gráfica AMD integrada ao processador, o nosso grande destaque. A CPU utilizada nesse projeto é a AMD Ryzen 3 4300U, um processador de baixa tensão para notebooks mais compactos com TDP de 15W. O Ryzen 4300U é baseado na litografia de 7 nanômetros FinFET com clock base de 2.7 GHz e boost máximo para até 3.7 GHz. A CPU é equipada com 4 núcleos e 4 threads e teoricamente é indicada apenas para tarefas mais simples, edições básicas de imagens e vídeos. A placa de vídeo não oferece nenhuma nomenclatura, portanto a trataremos como uma integrada genérica e para aplicações mais pesadas serve como gargalo no nosso sistema. Geralmente essas placas não entregam muito poder de fogo e no caso desse notebook a GPU é carregada pelo processador. Felizmente há dois slots para memória RAM com possibilidade de upgrades futuros, assim como no armazenamento.
Armazenamento
O armazenamento do HP ProBook x360 435 G7 fica por conta de um SSD NVME M.2 de apenas 256 GB. A quantidade decepciona um pouco, mas para o usuário médio deve ser suficiente para guardar alguns arquivos ou documentos importantes do trabalho. Para jogos a situação já fica mais apertada, pois a quantidade de espaço fornecida pode não ser suficiente para a demanda. Felizmente há a opção de alocar mais um módulo M.2 no aparelho. Em testes realizando o BootRacer, o SSD se sai bem, embora não seja um dos melhores M.2 da atualidade. Há mais méritos do que contras, já que essa tecnologia fornece carregamentos muito rápidos, não somente na inicialização do Windows, como também em outros softwares e games.
Desempenho
O HP ProBook x360 435 G7 se sai muito bem no uso diário, mas durante nossos testes queríamos ver como o modelo se comportava na hora de rodar alguns joguinhos. Nossas escolhas foram CSGO, Rocket League, Fortnite, Warframe e GTA V. Os testes foram realizados nas resoluções HD (1280×720) e Full HD (1920×1080) em qualidade baixa. Em geral, a placa gráfica se estabiliza em 1400 Mhz e o processador na casa dos 800 Mhz de frequência.
CSGO
Um dos mais populares shooters da atualidade também ganhou sua versão gratuita e foi parâmetro para os nossos testes. Counter-Strike: Global Offensive se saiu bem nos benchmarks e consegue manter uma taxa de 60 a 70 frames no low em 720p. Já em Full HD a placa gráfica começa a pesar no sistema, reduzindo nosso gameplay para a casa dos 40 quadros por segundo.
Warframe
Warframe é um dos mais populares games grátis do Steam e, além de sua fama, é muito reconhecido pela boa otimização nos computadores. Em nossos benchmarks o game roda bem, mas com algumas ressalvas. A resolução HD proporciona um certo gargalo, já que toda a carga está sendo direcionada ao processador, mas isso não impediu o notebook de alcançar quase 90 frames. Já o Full HD também não se saiu mal, sustentando partidas em torno dos 50 quadros, mesmo que com um gargalo por conta da placa de vídeo.
Fortnite
Fortnite é o maior fenômeno da atualidade e conforme as atualizações vão surgindo, vai ficando cada vez mais pesado nos PCs. O HP ProBook x360 435 G7 surpreende ao rodar o game de uma boa forma, no possível, mas sofre com alguns problemas. A resolução HD faz o peso ir para a CPU e a placa integrada não suporta o Full HD com altas taxas de quadros. No entanto os resultados são muito positivos, gerando uma gameplay perto ou na casa dos 60 quadros dependendo do local no mapa.
Rocket League
Rocket League é outra grata surpresa, e roda muito bem nos nossos testes até mesmo na resolução Full HD, que embora fique na casa de 45 a 50 quadros, roda de forma muito fluida.
Grand Theft Auto V
Grand Theft Auto V é um mar de dinheiro para a Rockstar desde 2013, chegando aos PCs em meados de 2015 e dando trabalho para algumas máquinas. O notebook da Lenovo aguentou uma aventura em Los Santos, mas em resolução HD e qualidade muito baixa em torno dos 30 frames. Já no Full HD o sistema acaba não dando conta do processamento e da complexidade do mundo do game, entregando uma jogatina entre 20 e 25 frames.
Veredito
O HP ProBook x360 435 G7 não é o modelo mais indicado para games. O notebook se propõe a ser um laptop para trabalhos e aplicações do uso cotidiano, mas o bom processador AMD Ryzen potencializa seu desempenho e faz com que seja possível rodar jogos mais leves com foco no multiplayer. Entretanto, quaisquer tentativas com jogos AAA não serão bem sucedidas.
Testes sintéticos
Também realizamos alguns testes sintéticos nos principais softwares disponíveis para estressar o AMD Ryzen 4300U e sua placa integrada. Nesses benchmarks quanto maior a quantidade de pontos, maior é o desempenho da placa e da CPU.
3DMARK
O 3DMARK é uma das principais ferramentas para a realização de testes sintéticos e tangenciar a capacidade do HP ProBook x360 435 G7. O primeiro teste realizado foi o Time Spy, um benchmark que utiliza DirectX12 com funções como multi-adaptação e multi-threading com render na resolução 2560x1440p. Os testes de GPU procuram mensurar a capacidade da placa gráfica em lidar com partículas de sombras, tesselação, iluminação volumétrica etc. O teste de processador demonstra a demanda para processamento de física computacional e outras simulações. O segundo teste é voltado para PCs com gráficos integrados, Night Raid, e testa reflexões dinâmicas, oclusão de ambiente, efeitos de pós-processamento, tesselação, profundidade do campo de visão, geração procedural, física etc.
PCMARK 10
O PCMARK tem como grande vantagem os testes de aplicações cotidianas, como renderização de imagens vídeos, uso de navegador, reprodução de vídeos, criação de planilhas, videoconferências etc.
Cinebench
Os testes do CINEBENCH servem para colocar o processador ou placa de vídeo em carga máxima na renderização de cenários e cenas complexas. Tivemos apenas a opção de benchmarks do processador, visto que não temos uma GPU dedicada. Os testes colocam os 4 núcleos do processador, e posteriormente apenas um núcleo principal para renderizar uma cena realista com anti-serrilhado, reflexões, iluminação, sombras e diversos outros efeitos que compõem cerca de 2000 objetos.
Conclusão
O HP ProBook x360 435 G7 é um excelente notebook para quem procura um aparelho para trabalhar, seja pela sua performance, seja pela sua portabilidade, design ou qualidade de imagem. O laptop tem pouquíssimos pontos fracos, como as grandes bordas ao redor da tela, mas isso com certeza não é um grande empecilho na hora de adquirir esse modelo. Para games ele funciona de maneira esperada, com tudo em qualidades e resoluções baixas. O foco do ProBook não é o da jogatina, mas ele dá um gás se você precisar se divertir uma hora ou outra. O modelo está disponível no site da HP Brasil, com disponibilidade sob encomenda. Leia também o nosso review do HP ProBook 445 G7, irmão maior do modelo analisado nessa matéria, mas com um foco levemente diferente.
