Design e destaques

Primeiramente, lembramos que o HP Elite DragonFly está disponível em diversas configurações (também com diferentes preços), que você pode conferir em todos os detalhes no site da fabricante. O modelo que testamos é o “8VA82LA“, com processador Intel Core i7 da 8.ª geração, um SSD de 512 GB, 16 GB de RAM e display touch de resolução 4K. O produto tem acabamento em coloração azul fosca (que elimina marcas de dedo), revestimento em liga de magnésio e detalhes cromados na dobradiça. Na parte de dentro temos plástico (reciclado, dos oceanos) no teclado retroiluminado. Um grande destaque que reforça a portabilidade do produto é o HP Elite DragonFly pesar menos de 1 kg – não à toa, a HP divulga o notebook junto da frase “mais leve que o ar“. Tudo nele indica o público ao qual foi voltado: executivos. O fato de ser 2-em-1 mostra o poder da versatilidade deste conversível, que, por sua leveza, combina bem enquanto em modo tablet. A segurança é outro fator que justificaria, em parte, o preço elevado e o público-alvo escolhido também. Cores e acabamento premium aproximam-no da qualidade superior esperada por quem pretende desembolsar mais de 10 mil reais em um notebook para transporte fácil, exigindo uma performance que acompanhe as necessidades. Outro exemplo do cuidado da fabricante também está no carregador, com o cabo trançado e robustez que passa segurança.

Tela e áudio

Em complemento ao visual topo de linha, o HP Elite DragonFly traz um belo display 4K com brilho de até 550 nits. Quem conhece este altíssimo valor, ao falarmos de telas, sabe que isto é mais que suficiente para lidar com o uso do notebook em ambientes bastante iluminados. Reprodução de conteúdo para entretenimento não foi nenhum problema, seja no trabalho, na Netflix ou no YouTube. De quebra, ele traz 4 alto-falantes estéreo premium com selo de qualidade Bang & Olufsen, distribuídos em ambos os lados do teclado. Falando em áudio, uma coisa a se ter em mente é a eficácia nos dois modos de exibição do DragonFly. Enquanto “notebook”, você tem o som disparado para cima, direto para o usuário, com agudos mais evidentes e uma boa dissipação. No “modo tablet”, consegue-se um som mais encorpado (a depender da superfície, claro) e graves mais potentes. Considerando a espessura do produto, era de se esperar algo um pouco inferior, mas admito minha surpresa na clareza e definição.

Conectividade e bateria

A lista de conexões com fio do HP Elite DragonFly impressiona. São 2 USB-C Thunderbolt 4, 2 USB-A SuperSpeed, um combo de fone de ouvido e microfone e uma saída HDMI tradicional. De conexões sem fio temos o padrão Wi-Fi 6 e Bluetooth 5.0, suportando troca de informações em alta velocidade. Ainda em conectividade, é importante citar que a webcam (resolução 720p) possui um slider físico para bloqueá-la em casos onde sua privacidade pode ser questionada.
O DragonFly traz a linha de processadores vPro, que possuem foco na produtividade, então a duração da bateria tem impacto direto graças à tecnologia. Variando o uso em atividades básicas, consegui cerca de 8 horas de duração em ambiente interno (logo, brilho da tela ao nível médio), com o navegador aberto para trabalho e reprodução de vídeos, no segundo nível de economia de bateria. O carregador estiloso tem tecnologia de carga rápida de 65W, realizando a promessa de “carga completa em uma hora”. Um ponto forte que casa com o design é que o botão liga/desliga está na lateral esquerda ao invés do lado de dentro. Esse é outro cuidado da HP, pois quem costuma usá-lo como tablet ainda pode facilmente acessá-lo. Lembramos que a caneta inclusa no pacote também precisa ser recarregada, mas a duração dela passou de “uma carga” completa do próprio HP Elite DragonFly – até porque o uso dela é mais casual do que o notebook em si.

Performance e uso na rotina

O HP Elite DragonFly conta com um processador Intel Core i7-8665U da oitava geração e a tecnologia vPro, visando segurança e produtividade (como reafirmamos aqui neste review). Ao lado do selo da Intel, vemos o leitor de impressão digital, que funcionou muito bem, com erros apenas uma dentre dez tentativas. Ele também traz armazenamento SSD de 512 GB (PCIe NVMe) e memória RAM de 16 GB (LPDDR3, 2133MHz). Ou seja, mesmo que o processador seja ultrapassado, a escrita e leitura de arquivos nunca deixará a desejar.
O notebook demora a esquentar, mesmo nos testes de benchmark – e também demorei a ouvir a ventoinha, que é bastante sutil e combina com o perfil ultrabook. Por isso, se você preferir colocá-lo sobre o colo ou segurá-lo na mão (modo tablet), nada será um grande desconforto. Visando uso em ambiente corporativo, qualquer reunião silenciosa não será rompida pela potente máquina. O teclado silencioso, por sinal, permite que ele seja utilizado em qualquer cenário também. No tradicional “teste Showmetech” do Cinebench, software de benchmarks derivado do programa de modelagem Cinema 4D, a renderização de uma cena levou alguns minutos para ser concluída, fazendo com que o i7 atingisse o total de 2239 pontos em ação conjunta dos núcleos do processador. Por referência, o Ryzen 3 (4300U) de quatro núcleos/threads atingiu 4020 pontos multi core quando testado no ProBook, também da HP. Na prática, um bom resultado single core diz, geralmente, o quão ágil um computador será ao rodar/abrir programas, por exemplo. O multi core serve para tarefas mais árduas, como exportação de um vídeo ou renderização de uma imagem – como no caso do Cinema 4D. Sabemos que o HP Elite DragonFly não foi construído para rodar softwares pesados, como edição de vídeo ou jogos, mas os testes de performance ainda são necessários para notarmos quanto ele suporta. Portanto, ele se saiu bem. Tratando de jogos casuais, o notebook deixou levemente a desejar – considerando que não esperávamos nenhum “milagre”, visto que ele não tem GPU dedicada. Optamos pelo trio casual: Celeste, Ape Out e Inside. O primeiro é um jogo de arte com pegada retrô, então esperávamos que ele atingisse pelo menos uma média acima de 30 quadros por segundo. Este foi o caso, mas em outro da concorrência, também sem placa dedicada, conseguimos bater 60 fps em Celeste com menos quedas de frames, em geral. Ape Out, colorido e com animações mais “primitivas”, teve sua performance mediana entre 30 e 40 fps. Por fim, Inside foi o mais exigente testado no DragonFly, tendo animações tridimensionais e movimentação mais fluida do que os outros dois. Com ele, foi complicado passar de 24 fps. Por registro, todos os games rodaram em resolução 1080p e estavam com o aplicativo Fraps aberto simultaneamente, para captura dos frames destacados em amarelo no slideshow acima. Utilizando o HP Elite DragonFly em uma rotina home-office, nota-se que ele dá conta de qualquer tarefa, contanto que não dependa diretamente de funções touchscreen. Memória e processador suportam aplicativos básicos (navegador, entretenimento e notas rápidas) e de produtividade sem engasgos. As teclas têm bom travel e o touchpad enorme foi mais que o suficiente para ações do dia-a-dia e também para o trabalho (e parte da redação deste review). Arrisquei “rabiscar” no SketchBook e, de início, a caneta performou bem. Foi depois de 10 minutos que notei um grande problema em termos de performance do aparelho: havia um lag considerável entre traços serem feitos e eles propriamente serem registrados no app. Como testei o SketchBook previamente no Tab S6 Lite tenho certeza de que o problema não é o software em si, mas a máquina. Este tipo de longo intervalo de registro (às vezes, 3 segundos) não aconteceu nem em meu notebook com Core i5, quando conectado a uma mesa digitalizadora da Wacom. A firmeza das dobradiças também pode ser um problema quando temos uma tela touch, afinal ninguém quer uma tela que balança a cada toque. Felizmente, o HP Elite DragonFly possui uma construção robusta (mesmo que bastante fina) e passa confiança ao usuário, mesmo tocando na tela em “configuração notebook”, não somente quando convertido no modo tablet.

Custo-benefício e conclusão

O HP Elite DragonFly pode ser adquirido em lojas como as Americanas, por cerca de R$ 13.000 à vista. Mesmo em uma repentina promoção, um notebook de tanto tempo atrás não deveria custar um valor tão alto, considerando que a concorrência (com processadores melhores e a mesma proposta “executiva”) traz seus modelos com tela touch pela absoluta metade do preço. Quem buscar por um notebook fino com tela 4K/UHD também não precisa fazer uma longa pesquisa até encontrar equivalentes por R$ 3 mil a menos. O motivo de ele custar este preço elevado? O público-alvo. Conforme mencionamos em diversos pontos deste review, o foco está na confiança do usuário em sua máquina. O DragonFly possui tecnologias que equilibram robustez, leveza e segurança, sendo pontos essenciais de quem opta por adquirir uma peça destas e não um notebook gamer. A exigência está exclusivamente nestes pontos. Porém, é inegável que outros notebooks executivos de 2021 possuem melhor relação custo-benefício, mas todos possuem seus devidos sacrifícios que podem segmentar o público ao qual de fato é destinado.
Um ótimo diferencial que justificaria o destaque do HP Elite DragonFly de 2019 e seu custo alto seria uma GPU dedicada. Como este não é o caso, ficamos no aguardo do lançamento dos recém-anunciados DragonFly G2 e Max para um melhor comparativo de evolução, dado que as especificações técnicas mais atualizadas (a começar pelo Intel da 11.ª geração, à frente do modelo de 2019) condizem melhor com o cenário atual do mercado. E aí, gostou do nosso review do HP Elite DragonFly? Conte para a gente nos comentários!

Especificações técnicas do HP Elite DragonFly

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