No novo God of War, exclusivo de PS4, Kratos está bem mais velho e menos impulsivo do que víamos antigamente. Sem muita didática ou apresentações exageradas, o game da Sony apresenta os jogadores a uma nova ambientação. Além disso, também conta com novos sistemas de combate e uma história bem mais rica!

A boa e velha ação, com aspectos de RPG

God of War sempre foi conhecido por combates rápidos e bem sangrentos. Nas lutas, hordas de inimigos pulavam de todos os lados e os jogadores precisavam usar combos sangrentos para vencê-los. Entretanto, uma das inovações da Sony neste novo God of War foi a reformmulação do sistema de combate. O Machado Leviatã agora substitu as Lâminas do Caos como arma principal de Kratos. Com isso, temos mais controle do que fazemos nos combates. Além disso, a imersão dos combates  é bem maior por conta da nova câmera, mais próxima do protagonista do jogo.

Além disso, temos agora também todo um sistema de níveis, habilidades e runas em God of War. Se antes os pontos eram acumulados para conseguirmos debloquear as habilidades de Kratos, agora temos ainda mais complexidade para os combates. Isso porque, além desses pontos, temos também runas que liberam habilidades opcionais para cada arma, assim como uma árvore de habilidades para o filho de Kratos, Atreus, que é um suporte muito útil durante os combates.

Um enorme novo mundo

Uma das novidades brilhantes que o novo God of War possui são mecânicas de mundo aberto que dão muito mais liberdade para os jogadores. Além disso, diversas missões opcionais e até chefes opcionais estão presentes por todo o mapa do jogo. Junto a isso, temos também colecionáveis e easter-eggs secretos.

Entretanto, mesmo que possua ótimas mecânicas opcionais, o novo game da Sony não é tão aberto como alguns podem vir a pensar. A ambientação gira em torno de um grande mapa todo interligado com diversos desafios e missões secundárias passíveis de serem executados ou não pelo jogador. A questão é que esse mapa é muito bem delimitado e estruturado, sem opções de sair andando na direção que você quiser, além de ter espaços destravados só após determinados acontecimentos do jogo. Assim, mesmo que o game proporcione mais liberdade do que os  God of War anteriores, fica difícil chamá-lo de jogo em mundo aberto.

A melhor narrativa da franquia God of War

O enredo de God of War consegue unir muito bem o novo capítulo com tudo que a Sony já fez com a franquia. Aqui, anos após a queda do Olimpo, Kratos vive entre mortais ao norte. Já de início somos apresentados a seu filho, Atreus, durante o funeral de sua mãe. God of War é ao mesmo tempo uma continuação e um recomeço. E isso faz dele algo ainda melhor, pois consegue juntar com maestria as duas auras. Nunca antes um game da série God of War teve uma construção de personagens tão boa como vemos agora nesse reinício no PS4. Já  nos primeiros minutos da saga nórdica do espartano vemos uma profundidade do personagem nunca antes vista. Ao mesmo tempo que a ambientação nórdica é belíssima em seu visual e sons, a relação entre Kratos e Atreus é envolvente na medida.

Bem-vindo à mitologia Nórdica

Com mecânicas de jogo brilhantes, imersão incrível e narrativa envolvente, God of War está tranquilamente entre os melhores jogos que a franquia já viu, assim como também é um dos melhores games de 2018 até agora. Entretanto, quando falamos da construção do antagonista da história, o deus nórdico Baldur, temos uma leve crítica. O personagem é brilhante, mas podia ser ainda mais! Isso porque o conflito do deus e suas motivações ficam claras no final da história. Entretanto, somente ao final é que vemos isso. Durante mais de dez horas de jogatina, não temos ideia dos motivos que levam Baldur a perseguir Kratos e Atreus.

Porém, mesmo que o game seja um pouco contido em mostrar Baldur, se estabelece como o início de uma nova fase da franquia. Esse novo God of War é muito sólido e deixa bons frutos para o futuro. Explicações durante o game dão a devida introdução a personagens que provavelmente veremos em um God of War 2. Alguns deles, já conhecidos da cultura pop, como Thor, Odin e Loki. Já outros, um pouco menos mainstream, como Ymir e Tyr.

Uma obra-prima da Sony

Por fim, podemos dizer que God of War é tudo que um jogo que renova uma franquia deveria ser. As mecânicas de RPG foram um excelente acréscimo para a experiência do jogo, assim como as novas mecânicas de combate e até a nova arma. Além disso, Kratos está muito mais envolvente, com uma profundidade que dá a ele a alma que ele não tinha em jogos passados. Atreus também consegue brilhar, tendo um espaço crucial no jogo. Assim, apenas cabe dizer que revisitar o mundo de God of War é uma experiênia e tanto, que vale cada minuto do seu tempo.

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