Design
Uma palavra que resume bem o design do Galaxy M53 5G é a simplicidade. Ele não possui nenhuma característica que se destaca, nem para o bem, nem para o mal, mas isso não é ruim. Particularmente, gostei bastante do que vi. Sua tela possui 6,7 polegadas com a tecnologia Gorilla Glass 5 e é excelente para quem tem mãos grandes. Seu peso também está de bom tamanho: cerca de 176 gramas. O aparelho enviado para análise possui a traseira amarronzada, feita de plástico, que, infelizmente, grava digitais muito facilmente. O uso de uma capinha é recomendado, ainda mais para proteger o corpo do aparelho. O pacote do celular não traz nenhum fone de ouvido, mas, felizmente, traz o carregador junto com o cabo USB-C e a chave para abrir a seção onde o chip SIM é inserido.
Conectividade
O Galaxy M53 5G já está preparado para a rede 5G, para quando essa se espalhar efetivamente no Brasil. Contudo, não há entrada para fones de ouvido, o que pode ser um grande problema para quem utiliza aparelhos do tipo. Outra coisa bacana do Galaxy M53 5G é ter conexão NFC, ou seja, pode ser utilizado para realizar pagamentos, checar créditos do Bilhete Único, entre outras coisas. Por fim, o celular possui conexão USB 2.0, Bluetooth 5.2 (que gasta menos energia), GPS, entre outros.
Tela
Uma das joias do Galaxy M53 5G é a sua tela de Super Amoled Plus, que tem 6,7 polegadas. Ela possui uma resolução de 1080 x 2400 pixels, e uma densidade de pixels de 393 ppi, que poderia ser um pouco melhor, mas explico isso mais abaixo. Sua taxa de atualização é de 120hz, ou seja, excelente para jogos e também filmes. Para testar as cores do aparelho, eu liguei tanto o Galaxy M53 5G quanto o meu S9 Plus no mesmo vídeo de teste de cores, e foi perceptível a diferença. Como o S9 Plus possui 529 ppi, as cores pareciam mais vivas nele. Mas confesso que isso só é notado quando testados um ao lado do outro, e assistindo ou jogando, isso passa despercebido. Outra coisa que me incomoda é o buraco da câmera frontal, mas não há nada o que se fazer por enquanto.
Bateria
Para realizar o teste da bateria, que possui a carga de 5.000mAh, eu simulei o período de 8 horas e 34 minutos de uso, alternando entre períodos com a tela desligada, e, principalmente, com ela ligada e reproduzindo algo, seja um vídeo ou jogando um pouco. Após o teste, me sobraram exatamente 34% da bateria. O que considero uma boa quantidade. Como dito acima, eu joguei bem pouco no período, mas pude ver que mais de 10 minutos de Diablo Immortal com tudo no alto, o jogo gastou pouco mais de 13% da bateria, enquanto quase 2 horas de vídeo no YouTube consumiu menos de 9%. Resumindo, dependendo do seu tipo de uso, pode-se gastar mais ou menos bateria. Como meu uso não é focado em jogos, para mim durou mais, mas caso tenha interesse nos muitos jogos disponíveis na plataforma, pode ser uma boa manter o carregador por perto.
Desempenho
Eu tenho usado o meu S9 Plus já há algum tempo, e ainda o considero um excelente aparelho. Mas logo no meu primeiro dia com o Galaxy M53 5G, minha sensação foi de que ele deixa o meu aparelho no chinelo muito facilmente. Transitar entre aplicativos, instalar coisas e ir variando o uso é tudo muito instantâneo. Isso se deve principalmente ao processador octa-core, sendo 2x 2.4 GHz Cortex-A78 + 6x 2.0 GHz Cortex-A55, além da presença de 8 GB de memória RAM e da GPU Mali-G68 MC4. Essa excelente combinação se sobressaiu nos dois testes que fizemos: um sintético, usando aplicativos que comparam com outros modelos, e também com jogos.
Testes Sintéticos
Geekbench 5
Um dos aplicativos que usamos para realizar o teste foi o Geekbench 5, que quantifica em pontos a qualidade do aparelho. Como podemos ver nas imagens abaixo, a GPU do Galaxy M53 5G conseguiu um total de 2629 pontos, bastante abaixo do S21 Plus, que obteve 6990 pontos. Isso nos mostra que para atividades que possam demandar mais poder gráfico, o celular pode penar um pouco para executar as funções. Agora, no teste da CPU, o resultado é diferente e mais próximo dos aparelhos mais bem ranqueados. No teste de núcleo simples, os números obtidos foram de 738 pontos, enquanto em múltiplos núcleos foi de 2301. Para efeitos de comparação, o S21 Ultra obteve 924 e 3085 pontos, respectivamente. Se compararmos o preço de ambos, podemos dizer que o resultado não foi tão discrepante assim, fazendo do Galaxy M53 5G uma baita escolha.
3DMark
O tipo de teste que 3DMark realiza é mais específico: ele verifica o quanto o celular aguenta ao rodar um jogo de alta capacidade. Ele traz ainda resultados em pontos e compara com outros aparelhos que já foram testados no aplicativo. Dentro do Wild Life, um dos testes disponíveis, o Galaxy M53 5G consegue alcançar 2222 pontos, e, de acordo com o aplicativo, enquanto mantém uma taxa de quadros entre 7 e 17. A temperatura se mantém constante, na casa dos 35 graus.
Teste com jogos
Para realizar os testes com jogos, procurei alguns dos mais jogados e outros bem pesados, para ver como o Galaxy M53 5G sairia. Primeiro foi via Xbox Game Pass com dois jogos: Fortnite e Yakuza: Like a Dragon. Em Fortnite tudo correu perfeitamente bem, não havia lags ou travamentos. As partidas corriam de forma limpa e sossegada, é possível conectar um controle e usufruir ainda mais do serviço. A única coisa que não pude usar foi o chat de voz, mas acredito que isso seja um problema do Google Chrome, e não do celular. Agora, em Yakuza, a jogatina transcorreu mais limpa ainda. Como esse é um jogo para um único jogador, pude apreciá-lo no seu esplendor. Se tratando de jogos para o próprio celular, eu joguei o eFootball, que possui jogatina online e também gráficos relativamente pesados. As partidas em que joguei transcorreram sem maiores problemas e era possível apreciar toda a arte da Konami na face dos jogadores e, principalmente, na jogabilidade. Por fim, testei em um dos jogos de smartphones mais controversos do momento: Diablo Immortal. Para ter certeza de os gráficos estarem no máximo, eu alterei todas as funções para o Alto e fiz o download do pack que o jogo pede. Em momento nenhum travou ou teve engasgos, a qualidade foi sensacional. A experiência que tive foi melhor do que no meu S9 Plus.
Sistema e interface
O Galaxy M53 5G já vem com o Android 12 instalado, utilizando a One UI 4.1 da Samsung. Ela traz tudo o que os usuários já estão acostumados, como gravar a tela, vincular ao Windows, modo de foco e muitos outros. Como novidade dessa nova versão, o usuário poderá optar por deixar seu microfone ligado ou desligado, independente das permissões que os aplicativos tiverem. O botão de ligar e desligar o celular possui também um leitor de digitais, e na minha experiência foi bastante fácil fazer o cadastro do meu dedo. O botão não é lá muito grande, mas é extremamente funcional e está localizado em uma posição perfeita, já que senti que meu dedo o procurou de forma bastante natural. Contudo, a localização dos botões de volume não é das melhores. Eles ficam exatamente acima do botão de energia, e apesar de ser fácil de controlar o volume, há uma certa dificuldade na hora de tirar prints da tela, por exemplo. Porém, isso deve-se mais à falta de hábito com o aparelho, e com o tempo isso desapareceria. Particularmente, considero a versão do Android da Samsung muito boa de se usar, e essa é de tirar o chapéu, já que tudo funciona de forma bastante fluida.
Câmera
Mesmo não sendo um aparelho topo de linha, o Galaxy M53 5G consegue entregar um resultado muito bom. O aparelho possui 4 câmeras traseiras e uma frontal, cada uma com sua função e qualidades diferentes.
Câmera principal: 108 MP, f/1.8, (wide), PDAFCâmera Ultragrande-angular: 8 MP, f/2.2, 1/4″, 1.12µmCâmera de profundidade: 2 MP, f/2.4Câmera Macro: 2 MP, f/2.4Frontal: 32 MP, f/2.2, 26mm
A câmera principal do aparelho tem 108 MP e funciona muito bem. Mesmo sem usar as muitas configurações, tirar fotografias em qualquer horário do dia é extremamente fácil e com muita qualidade. As cores ficam todas fiéis, e não há nenhum tipo de perda. Mas há um porém, ao usar o zoom no máximo, a imagem fica extremamente granulada. Uma das melhores câmeras durante o teste foi, com toda certeza, a câmera de profundidade. Ela consegue desfocar o resto da imagem e dar mais ênfase ao objeto centralizado. A câmera frontal cumpre bem o seu papel. É possível escolher entre 4 proporções: 1:1, 4:3, 16:9 e completa. É possível ativar um timer, caso não seja possível apertar o botão de fotografia. Contudo, neste modo, não é como dar nenhum tipo de zoom. O máximo que dá para fazer é selecionar entre fotos sozinho ou acompanhado, e um pequenino zoom é dado ou retirado, automaticamente. Um dos modos mais legais somente pode ser usado quando se está conectado à internet, seja banda larga ou via dados. Esse modo consiste em uma série de filtros similares àqueles encontrados no Snapchat ou no Instagram, por exemplo. É possível adicionar toda a sorte de filtros, como orelhinhas, rosas, tipos de enquadramentos, fogos de artifício e muito mais. Por fim, temos a câmera macro, utilizada para fotografar objetos pequenos que estejam a poucos centímetros da lente. Durante os testes, essa câmera funcionou perfeitamente, e é possível extrair os mínimos detalhes do objeto desejado.
Áudio
Uma das coisas que eu mais gostei do Galaxy M53 5G foi o áudio. Testando com um decibelímetro, o aparelho conseguiu alcançar 82 decibéis, que é um resultado bastante alto, e está dentro do limite seguro para o ouvido humano. O único porém que eu preciso citar é a localização da saída do som. Ela fica localizada na parte de baixo, próximo da entrada USB-C, usada para carregar a bateria. O problema se dá quando estamos jogando alguma coisa. Caso sua mão seja grande, como a minha, a chance de tampar essa saída é muito grande, o que prejudica bastante a audição do conteúdo que está sendo reproduzido. No mais, tanto para assistir um vídeo em alguma plataforma de streaming, ouvir uma música ou simplesmente jogar, o resultado é bastante satisfatório. Agora, quando ligamos um fone de ouvido Bluetooth, sentimos realmente a qualidade. Somente com o fone podemos ativar a tecnologia Dolby Atmos. Ela melhora e muito a experiência, trazendo maior sensação de imersão, seja vendo um filme ou ouvindo uma música.
Conclusão
No geral, o Galaxy M53 5G é um ótimo celular. Ele já é melhor que muitos dos aparelhos topo de linha de alguns anos atrás, além de ter uma bateria que pode aguentar um dia de uso tranquilamente. Sua tela em conjunto com o áudio fazem deste aparelho um baita reprodutor de conteúdo, não importa se são vídeos, filmes, ou somente música. Seu tamanho é excelente e a leitura de digitais é de alto nível. Recomendo bastante esse aparelho (que pode ser encontrado por R$ 2.429 na Americanas) para quem está procurando um bom celular, mas não consegue investir em algum dos modelos da família S mais recentes.
Especificações técnicas
Veja também: