Vendido no Brasil pelo preço sugerido de R$ 2.199,00 (algumas pesquisas constam valores ainda mais amigos, como ofertas pelo valor de R$1.900,00) o smartphone conta com configurações um tanto quanto medianas: a novidade conta com processador Snapdragon 636, câmera dupla de 12 megapixels e armazenamento de 64 GB ou 128 GB. Grande destaque fica para áudio, muito superior ao seus antecessores e o melhor até neste quesito do que seus concorrentes. É uma ótima opção para aqueles que querem uma tecnologia de ponta com preço camarada.
Pode ser Zenfone? O design
Os primeiros teasers já indicavam, mas agora com o celular em mãos, é definitivo: o novo smartphone da Asus tem o design muito semelhante ao encontrado no iPhone. A tela infinita, o recorte na tela, e até a posição da câmera traseira é muito semelhante ao da concorrente americana. Mas verdade seja dita: o produto final é deveras elegante. O display com bordas finas, com 6,2 polegadas, resolução Full HD+ (2160 × 1080 pixels) em formato 19:9, entregando imagens com cores intensas e de brilho intenso. Igualmente elegante é sua parte traseira, que também remete um pouco ao conhecido design do iPhone, só que o sensor de impressões digitais, em contrapartida, fica também atrás, mais ao centro. Há a clara necessidade do uso de capinha, devido a um relevo irregular propenso à quedas, necessidade esta reconhecida pela Asus, que oferece o acessório na caixa. O aparelho está disponível em duas cores: o já conhecido prateado e também azul, ambos em aço inoxidável.
Desempenho
A grande surpresa fica para a velocidade do dispositivo para realizar tarefas, podendo rodar aplicativos como redes sociais (Facebook, Twitter e Instagram) e jogos com a mesma eficiência. Isso se deve à tecnologia Snapdragon 636 e a memória RAM de 46B. Deixa a desejar somente o Google Assistente, que ora ou outra acaba por travar, mesmo sendo executado sem a interferência de outros aplicativos, o que pode ser problemático para aqueles que desejam, talvez, utilizar do recurso com maior frequência, ou o uso de dois aplicativos ou mais ao mesmo tempo. Há também um recurso no qual a Asus atribui como AI Boost, que tem como intuito promover agilidade no desempenho geral do aparelho, o que, quando comparado ao seu antecessor, faz pouca ou nenhuma diferença.
Cliques de qualidade
Se existe um grande carro-chefe para esta novidade, neste caso é, de fato, a câmera dupla de 12 megapixels. Com inteligência artificial capaz de identificar cerca de 16 cenas simultaneamente para melhorar a qualidade das imagens. Com 12 megapixels e abertura de f/1.8, a câmera promove imagens ricas em detalhes e cores mais brilhantes. O segundo sensor possui resolução de 8MP e lente de ângulo aberto, promovendo assim o efeito conhecido como olho de peixe (fisheye) que deixa a imagem levemente arredondada. O Zenfone 5 também não decepciona em ambientes pouco iluminados ou outros fatores igualmente traiçoeiros no produto final, todos os cliques mantém cores estáveis, comprometendo muito pouco o brilho ou contraste. Algumas fotos ficam meramente granuladas, o que pode incomodar.
Bateria
Enquanto a Asus acredita que o seu grande trunfo seja a câmera, o que podemos dizer é que, na verdade, seu grande diferencial vem da bateria de longa, longuíssima, duração. Um feito um tanto quanto louvável considerando a sua categoria. É possível passar, pelo menos, 24 horas sem se preocupar em carregar o dispositivo, dispensando o peso incomodo do carregador portátil, por exemplo. É a cartada perfeita para aqueles que desejam desempenho por longos tempo de duração. Tudo isso é possível graças, novamente, à inteligência artificial. O Carregamento AI ajusta automaticamente a recarga de modo que evite desperdícios. É vida útil garantida de maneira geral ao componente. Um problema é que o Zenfone não é compatível com carregadores de outros dispositivos.
Mas e aí? Vale a pena?
Falar sobre o Asus Zenfone 5 não é um tópico fácil. Isso porque, desde seu lançamento, ele vem dividindo opiniões de consumidores, entusiastas e especialistas d etecnologia. Claro que a escolha de um smartphone depende, e muito, das necessidades essenciais e únicas de cada usuário, mas, de maneira geral, o aparelho da Asus se encontra no meio, não é o pior, nem o melhor. Destaque são os sensores de reconhecimento facil e digital, que são ponta de linha. Já o preço, que sempre foi um de seus grandes trunfos, aumentou consideravelmente em relação ao seu antecessor. Diferenciais como o ZenMoji ainda é muito limitado, para todos os efeitos. É uma boa pedida para aqueles que desejam velocidade e uma câmera que não deixa na mão. Mas nada além disso.
