De acordo com os últimos acontecimentos, se esperava que isso realmente fosse decidido. Entenda o caso agora mesmo e como países de todo o mundo estão lidando com a situação.
Por que a Rússia está invadindo a Ucrânia?
Durante 1949, no contexto da Guerra Fria, a Otan foi criada com o foco de evitar a expansão do comunismo e também ter uma “válvula de escape” contra um possível ataque soviético. Quando foi criada, a Otan era formada pelos seguintes países:
Bélgica;Canadá;Dinamarca;Estados Unidos;França; Islândia;Itália;Luxemburgo;Países Baixos;Noruega;Portugal.Reino Unido.
Com a Queda do Muro de Berlim em 1989 e o fim da União Soviética em 1991, você pode imaginar que a Otan também deixou de existir. Na verdade, aconteceu uma mudança de propósito. Além da expansão da Otan, que atualmente possui 30 países, novos propósitos foram definidos. A organização estaria lutando contra ameaças que são consideradas não estatais. Isso inclui:
Tráfico humano;Tráfico de drogas;Pirataria;Controle migratório;Questões do meio ambiente;Controle do tráfico de armas em massa.
Então, por quê a Rússia está prestes a entrar na Ucrânia? Justamente pelo fato do país solicitar entrada na Otan. Além da Ucrânia passar a ter maior poder bélico, a Rússia teme que as armas nucleares (já que a Ucrânia foi parte da URSS) que o país possui sejam compartilhadas com países da Otan, principalmente os EUA. Mas isso também envolve outras questões geopolíticas, como a passagem de gasodutos que levam o gás natural russo para a Europa. Caso “dê as costas” para a Rússia e entre para a Otan, a Ucrânia estaria escolhendo o ocidente ao invés da nação com a qual faz fronteira. As nações da Otan apoiam a entrada da Ucrânia, prevendo uma maior estabilidade nesta região do mundo. Durante a Guerra Fria, todos os países que atualmente estão na Otan eram conhecidos por serem contra os ideais da Rússia. Isso vale para os últimos que se juntaram à organização: países dos Balcãs, como Lituânia e Estônia. Outro motivo que levou o presidente da Rússia a autorizar a invasão é que os dois países possuem pessoas que moram em um local, mas optam por falar o idioma de outro. Ou seja, há uma mistura de interesses e culturas que acaba gerando faíscas entre os dois países. Por mais que vivam no território oeste russo, muitos cidadãos possuem ascendência ucraniana e falam o idioma oficial da nação rival de Vladimir Putin. Acontece o oposto no leste da Ucrânia: pessoas com ascendência russa usam o idioma oficial como primeira língua e apoiam a proximidade com Moscou. Hoje, de acordo com rede pública americana PBS News, a Casa Branca recebeu o comunicado de que a Rússia ordenou os mais de 100 mil soldados a entrar na Ucrânia “a qualquer momento”.
Reação de países perante a decisão de Putin
Apesar de os EUA atualmente estarem na liderança da Otan, o presidente Joe Biden parece não querer se envolver no conflito entre os dois países. Entretanto, 8 mil soldados estadunidenses foram enviados para ajudar cidadãos dos EUA em uma possível guerra. O país com a maior economia do mundo também fechou sua embaixada tanto na Rússia quanto na Ucrânia, além de recomendar que pessoas que nasceram nos EUA deixem a Ucrânia.
O Reino Unido deixou de recomendar viagens para a Ucrânia e sugeriu que seus cidadãos também saiam imediatamente do local onde um possível conflito pode acontecer a qualquer momento. A mesma decisão foi tomada por Israel, Japão, Holanda e Coreia do Sul. Há um momento de tensão justamente pelos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim estarem acontecendo entre os dias 1 e 20 de fevereiro. Se espera que a invasão da Rússia à Ucrânia aconteça antes do fim das competições. Ministérios de Relações Exteriores já falam sobre a possibilidade de uma guerra que pode deixar milhares de inocentes mortos.
100 mil soldados russos na fronteira da Ucrânia
Com a decisão tomada, isso significa que todos os soldados da Rússia que atualmente estão em Kiev irão se movimentar. Além de estarem acampados, os mesmos homens também realizaram testes de arremessos de mísseis como uma espécie de treinamento. Pouco se sabe sobre como a Ucrânia reagiria ao ataque, mas esperamos um acordo seja realizado para que uma guerra não seja necessária. O presidente francês Emmanuel Macron conversou com Vladimir Putin durante a última semana de modo a tentar evitar a possível invasão. Mas isso não deu certo. Nos resta esperar pelos próximos capítulos desta grande história. Você acredita que teremos uma guerra entre a Rússia e Ucrânia? Diga pra gente nos comentários!
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Sabia que durante quase seis anos, uma campanha massiva de fake news esteve beneficiando a Rússia? Entenda o caso descoberto em julho de 2020. Fontes: Metrópoles l Diário do Nordeste l G1 l Guia do Estudante