Google deixará de rastrear usuários individuais, mas o que muda na prática?
Na prática, como o Google deixará de rastrear usuários individuais e encerrar o suporte a cookies de terceiros, a empresa vai impedir que todos os sites acessados pelo consumidor fiquem exibindo anúncios de produtos que foram pesquisados anteriormente. Por exemplo, se você pesquisou algum smartphone específico, é comum visualizar anúncios do dispositivo em todos os sites que você acessar depois da busca. Mas como o Google deixará de rastrear usuários individualmente, o navegador Chrome não vai mais permitir a coleta de dados específicos de cada pessoa para criar anúncios personalizados, o que deve garantir um pouco mais de privacidade durante a navegação. Apesar das mudanças na política de privacidade do Google, a companhia vai continuar fornecendo dados às empresas, mas de uma maneira diferente. O Google deve adotar o padrão FLoC (Federated Learning of Cohorts) para substituir os cookies de terceiros. Ao invés de usar dados individuais, o FLoC permite o agrupamento de pessoas que tenham os mesmos interesses, “escondendo” os usuários na web. A estratégia vai permitir que os anunciantes continuem tendo acesso aos dados e consigam criar publicidade personalizada, mas respeitando a privacidade dos consumidores, já que informações pessoais não serão coletadas. A nova tecnologia, com foco em privacidade, deve ser liberada para testes no Chrome 90 e inicialmente para o público geral, enquanto os testes para anunciantes que usam o Google Ads devem começar somente no segundo semestre deste ano. Os cookies first-party, usados para armazenar informações de senha e login, ainda continuarão sendo usados, mas esse tipo de cookie não consegue rastrear o que uma pessoa faz na internet. Fonte: Google; Arstechnica; 9to5Google