Cellebrite, o software para investigar celulares

O Cellebrite é um software avançado vendido pela empresa de mesmo nome, de origem israelense, que por uma série de ações de hardware e software — muitas vezes se aproveitando de falhas de segurança, como a que atingiu o WhatsApp em 2019 — permite que os celulares investigados sejam desbloqueados. O serviço só está disponível para agências governamentais pelo mundo, sendo vedada sua venda para usuários comuns e empresas. O software para investigar celulares consegue desbloquear até aparelhos com os sistemas operacionais mais modernos — leia-se as últimas versões de iOS e Android — porém as falhas usadas nesses casos não são de conhecimento público, justamente para evitar que as empresas possam corrigir essa falha. O Cellebrite também permite a recuperação de dados já apagados da memória, já que a forma que dados são deletados nos celulares atuais na verdade só apaga a referência dos dados e libera o espaço. Para que o dado sumisse mesmo, todo um processo de reescrever informações teria que ser feito, o que tornaria a ação mais lenta e com um maior impacto na bateria do telefone. Porém, com o passar do tempo os dados podem ser reescritos, pelo uso constante do celular, não permitindo que informações apagadas possam ser recuperadas para sempre. A cada vez que algo ocupa o espaço do arquivo anterior deletado, mais infrequente e fragmentada as informações anteriores se tornam, até chegar um ponto que elas se tornam inúteis. O Cellebrite Premium já foi usado em muitas investigações no Brasil e no mundo. Em 2019, o Ministério Público obteve autorização e usou as solução de software para investigar celulares no caso Marielle Franco, que continua sem solução há mais de 1000 dias. Na Lava-Jato, famosa operação anticorrupção realizada pela polícia, o software foi usado em perícias de suspeitos. A Operação Enterprise, que investigou tráfico internacional de drogas aqui no Brasil, também fez uso do software para investigar celulares de suspeitos. Internacionalmente, o caso mais famoso foi da investigação do terrorista Syed Farrok, responsável pela morte de 14 pessoas e ferir 17 em ataque em San Bernadino, na Califórnia.

Caso Henry Borel

O uso do software para investigar celulares no caso Henry Borel trouxe à tona informações importantes para o prosseguimento do caso, a partir de prints recuperados do celular da vítima, onde a babá do menino conversa sobre como o vereador Jairinho o estava agredindo. O fato serviu de prova para as acusações de que a mãe sabia das agressões que Henry vinha sofrendo. Fonte: G1, 9to5mac, Computer World

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