As informações nascem de uma pesquisa realizada pelo IDC que analisou pequenas empresas no Brasil, Estados Unidos, Canadá, México, Chile, Reino Unido, Alemanha e França. Juntas, essas oito economias podem ter um incremento de 5,5% e ainda desfrutar de uma taxa de crescimento 42% mais rápida graças à maior digitalização de pequenas empresas. Por isso mesmo que, quando colocado em comparação, a pesquisa entende que o Brasil está longe da chamada maturidade digital. Para o estudo, os pequenos empresários do país demonstram certa resistência em aderir à digitalização, ou seja, mais de 51% das PMEs se encontram no estágio inicial, algo que ele classifica com Digital Indifferent (indiferente ao digital, em tradução literal) ou Fase 1. Com tais números, isso faz com que o Brasil apareça na 18ª posição do ranking de maturidade digital para as pequenas e médias empresas. Mas o cenário pode mudar caso as estimativas, promissoras para o setor, uma vez que as PMEs aderirem à tendência: cerca de US$ 9 bilhões que podem ser somados ao PIB nacional até 2024 através da digitalização das pequenas empresas.

COVID-19 pode acelerar a digitalização de PMEs

Enquanto existe ainda uma certa resistência à digitalização, o estudo acredita que a urgência da pandemia do novo coronavírus pode mudar esse cenário para os empreendedores, uma vez que afeta diretamente a cultura de trabalho de uma pequena empresa. Afinal, para os pequenos empresários, as áreas mais impactadas pela COVID-19 são: estilos de trabalho (14%), fluxo de caixa (14%), produção de vendas (13%) e produção (13%). Os pequenos empresários também estão reconhecendo o papel da digitalização na pandemia, sendo que 96% concluem que a COVID-19 tornou seus negócios mais dependentes da tecnologia. Isso se justifica em números: 67% das PMEs encontraram na digitalização uma possibilidade de aumento em sua competitividade. E mais, dizem que o principal motor para se transformar digitalmente é trazer novos produtos e serviços para o mercado, distanciar-se da concorrência e crescer. Apesar de ser uma vantajosa alternativa para as PMEs, os entrevistados brasileiros justificaram sua resistência e responderam sobre os principais desafios para digitalizar seus negócios, entre eles estão: a resistência cultural à mudança (18%), escassez de talentos e habilidades dentro da organização (17%) e falta de tecnologias necessárias para viabilizar a transformação digital (12%).

Investimento a longo prazo

Os próximos meses vão ser essenciais para os principais investimentos em soluções tecnológicas. Mesmo que haja resistência, estipula-se que nos próximos 18 meses pequenos empreendedores pretendem incluir soluções para ajudar e estimular seus funcionários a trabalhar remotamente e/ou automatizar processos principais (44%). Além disso, pequenos empresas podem aderir a tecnologias digitais para melhorar as vendas online (44%) ou também adotar uma estratégia digital que os ajudará a navegar na crise com metas claras (42%). É um claro sinal de que talvez a chave para sobrevivência para os pequenos empresários resida exatamente no melhor entendimento e aplicação de recursos digitais em seus negócios.
Fonte: Convergência Digital

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