Sendo o porta-voz de toda a apresentação, Kasparov abriu o evento falando de como as máquinas inteligentes já são uma realidade e que, embora elas nos remetam fortemente à ficção científica, tanto para o bem quanto para o mal, tal tecnologia deve ser abraçada – em vez de ‘demonizada’. Para o enxadrista, afirmar que as inteligências artificiais apenas retirarão empregos, inclusive os de seres humanos graduados, é se cegar para o fato de que, justamente por isso, a humanidade poderá focar mais dos seus esforços no desenvolvimento da ciência e da pesquisa. ‘A substituição de certas tarefas humanas pelo trabalho de máquinas faz parte da evolução tecnológica e ocorre há milhares de anos’, ele diz. A visão otimista de Kasparov a respeito das máquinas inteligentes não seria tão curiosa se, há exatamente 20 anos, numa inesquecível disputa de xadrez contra o supercomputador DeepBlue, o enxadrista não tivesse perdido a partida travada contra a máquina.

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Vale lembrar que, na época, o russo era considerado o melhor do mundo no esporte e já tinha vencido o IBM DeepBlue um ano antes, em 1996. Acontece que, ainda assim, vê-lo perder aquela revanche era algo assustador para a maioria das pessoas.

O fator emocional

Duas décadas depois do episódio, Kasparov afirma que o fator emocional é o que livra os humanos de serem completamente superados pelas máquinas: segundo ele, os computadores sempre serão melhores que os nossos cérebros em sistemas fechados como um jogo de xadrez. No entanto, quando lidamos com decisões que não se baseiam apenas cálculos matemáticos como a estatística, o cérebro humano mostra capacidades até então impossíveis para qualquer máquina.

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Noutras palavras, as chamadas inteligências artificiais podem ser extremamente eficientes em processos sistemáticos – e segundo as discussões do Watson Summit 2017, isto deve ser amplamente explorado para que nós mesmos, seres humanos, possamos desenvolver mais as nossas próprias singularidades. A capacidade de sentir e causar emoções é uma delas, com certeza.

A IBM

Embora a IBM tenha se reinventado nos últimos anos, o discurso de Kasparov não é apenas filosófico, ele também é comercial: atualmente, um dos maiores focos da empresa está na ampliação tecnológica do setor empresarial – a companhia utiliza de equipamentos avançados como o Watson, um dos sistemas cognitivos mais poderosos do mundo, para otimizar os processos de outras instituições, inclusive. Com isso, a IBM desenvolve suas tecnologias e contribui para um futuro mais eficiente, onde, assim como disse o enxadrista, poderemos utilizar toda a magnitude de nossa capacidade intelectual para feitos realmente grandiosos.

Em suma, a proposta de todo o debate realizado no evento é mostrar que, diferentemente que vem sendo dito dentre as massas, um futuro conscientemente tecnológico pode ser muito mais libertador do que o contrário. E você, o que acha desta afirmação?

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