O que sabemos sobre o Langya henipavirus (LayV)

Dentre os casos descritos no The New England Journal of Medicine, 26 deles tiveram seus detalhes analisados, sendo apontados os seguintes sintomas:

54% – fadiga;50% – tosse35% – dor de cabeça;35% – vômito.

Ainda houve registros de anormalidades no fígado em 35% dos pacientes e nos rins em 8% deles. Apesar de todos os dados dos sintomas, ainda não foi relatado nenhum caso de eventual morte. A transmissão também não foi indicada como contato de pessoa para pessoa, possivelmente a infecção tem como origem animal. Os estudos apontam que o musaranho — espécie de pequeno roedor semelhante a um rato — seja um reservatório natural do vírus, mas sem uma confirmação até o momento. Especialistas afirmam que, apesar da detecção deste novo vírus, não há potência de causar uma nova pandemia. Isso não significa que pode haver despreocupação, uma vez que outros patógenos do grupo Henipavírus já causaram infecções graves e surtos em regiões como Oceania e Ásia, principalmente os Hendra henipavirus (HeV) e também o Nipah henipavirus (NiV), considerados semelhantes ao LayV. Não é muito fácil de relacionar a taxa de mortalidade do coronavírus, atual pandemia, com as infecções causadas pelo Langya henipavirus, pois há fatores como período e números por país que não são equivalentes. Já os vírus Nipah e Hendra já possuem um nível de letalidade não apenas semelhante mas até mesmo maior, nestes locais, do que o próprio coronavírus. É importante destacar que ainda na publicação feita no New England Journal of Medicine, foi revelado que o Langya henipavirus infectou pacientes que residiam nas províncias Henan e Shandong. Não houve relato de que eles tivessem contato entre si ou algum tipo de histórico de presença nos mesmos lugares. Os pesquisadores ainda fizeram um procedimento de rastrear nove desses pacientes e seus parentes a fim de confirmar se houve qualquer indício de infecção de pessoa para pessoa — mas o resultado foi negativo.

Langya henipavirus e o Brasil

Presente no projeto Rede Nacional de Vigilância de Vírus em Animais Silvestres (Previr), Jansen de Araujo vem buscado há anos a presença do Henipavírus no Brasil. No ano de 2017 o virologista e alguns colegas chegaram a publicar um artigo que continha indícios em morcegos encontrados no Brasil que poderiam ser, também, reservatórios naturais do Nipah, porém não houve confirmação científica. Não só do Nipah, o pesquisador ainda afirma que casos de infecção pelo Hendra também não foram identificamos no país. Outra especialista da área, a médica veterinária Michele Lunardi, doutora em virologia animal, também publicou junto a outros colegas um artigo de revisão de estudos acerca do Henipavírus em 2021, confirmando a letalidade do NiV e do HeV. Para a BBC News Brasil, a doutora diz que os cientistas responsáveis por identificar o Langya henipavirus na China aconteceu a partir de um monitoramento rotineiro em casos de febre, uma ação descrita como fundamental pela profissional para prevenir que essa e outras doenças aconteçam em expansão. Veja também Brasil tem 1ª morte por varíola do macaco. Fonte: The Washington Post e G1.

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