Quando a nova trilogia Star Wars foi anunciada ainda em 2012, os fãs da saga tiveram dois grandes motivos para toda a comoção em relação a notícia. O primeiro era o retorno para o universo criado por George Lucas, o segundo era a possibilidade de rever os personagens que se tornaram tão queridos para todos. De fato, em Star Wars: o despertar da força, tivemos além da apresentação dos novos personagens da saga, um reencontro digno para Han Solo e Princesa Leia. Mas e quanto a Luke Skywalker? O filme acabou com uma cena icônica do personagem sendo visto na telona, mas sem dizer uma palavra. Em poucos segundos. O retorno concreto de Luke, que acontecerá na sequência, Star Wars: Os últimos Jedi, é agora um dos grandes motivos pela grande espera do longa, que começará a ser exibido nos cinemas a partir de 14 de dezembro. Mas como Mark Hamill voltou para a saga e o que isso significa? Ele falou um pouco sobre essa experiência.
O relutante retorno
Todo mundo que já assistiu as duas trilogias iniciais de Star Wars sabe que Luke Skywalker não teve participação na de 1999 a 2005. Por isso, Mark diz que ficou surpreso quando George Lucas convidou ele e Carrie Fisher para um almoço em 2012 e anunciou que estava dando o controle da Lucasfilm para Kathleen Kennedy. George também falou sobre o plano para uma próxima trilogia, e que eles iriam fazer parte. Segundo Mark, ele achou que nunca iria fazer parte de outro filme do universo novamente. Mark realmente precisou pensar um pouco. Ele afirma que teve dúvidas, que perguntou a si mesmo se seria uma boa ideia mexer no que já estava feito. Seu pensamento era de que ninguém queria ver um personagem querido e jovem na sua versão de 50, 60 ou 70 anos. Ele achou que teria alguma cobertura para pensar em recusar quando Harrison Ford o fizesse. “Ele está muito velho, muito rico e muito rabugento, não vai fazer isso”, pensou. Mas Harrison aceitou e, quando isso aconteceu, ele sabia que não tinha como recusar. “Eu seria o homem mais odiado do mundo nerd”.
Reação ao roteiro de Star Wars: O despertar da força
Assim que aceitou, Mark começou a se empolgar com a ideia de voltar para o universo, mas as coisas não saíram exatamente como ele imaginava. Os produtores acabaram percebendo que não teria como colocar tudo em um filme só, e que algumas coisas deveriam ficar para a sequência, para serem exploradas melhor, e uma dessas coisas foi a volta de Luke Skywalker. O diretor, J.J Abrams, fez questão de avisar a Mark que seu papel seria mínimo no primeiro filme, antes mesmo que ele recebesse o roteiro. Ainda assim ele não sabia quão mínimo seria até ler todo o documento. Isso o deixou preocupado, e seu medo era de que aquela jogada pudesse acabar frustrando os fãs ao invés de empolgar e, obviamente, era para ele que viriam as críticas. Mesmo um pouco desapontado com isso, Mark revela que quando viajou para Londres em 2014 estava muito empolgado para conhecer os novos atores, além de rever os velhos amigos e companheiros dos filmes anteriores.
Harrison Ford, assim que reencontrou o colega que não via há alguns anos, prontamente afirmou que apesar dos sinais da passagem do tempo, Mark ainda continuava o mesmo, só que barbado. “Ele é muito centrado em sua própria experiência de vida. Ele não esbanja, é quieto, sincero, e é uma presença agradável, exatamente o que precisamos”. Mesmo não aparecendo muito nas telonas do primeiro filme, Luke foi bastante comentando nos diálogos e o personagem esteve sempre presente desde o início da história, mesmo que não pessoalmente. Mark achou isso fabuloso.
O desafio do retorno
Rian Johnson, escritor e diretor de Os últimos Jedi, afirmou que já avisou a Mark que todos estarão se inclinando pra frente nas cadeiras do cinema para ouvir quais serão as primeiras palavras que sairão da boca de Luke. Segundo o diretor, Luke ainda está lá, e Mark traz todas as características que fizeram os fãs se apaixonarem pelo personagem. Mark afirmou que chegou cheio de opiniões fortes no novo filme.
A respeito da morte da amiga, Carrie Fisher, que aconteceu em dezembro de 2016, Mark afirma que ela era uma companhia bastante confiável, alguém que trazia humor e um pouco de leveza durante os eventos de Star Wars que poderiam ser muito cansativos. Ele diz que ela merecia um segundo ato. Harrison teve destaque no primeiro filme, ele terá no segundo, e era para ela ter o seu merecido destaque no terceiro. Fonte: The New York Times