Jogos de mundo aberto: gênero ou mecânica?

O primeiro ponto que discutimos mais a fundo é sobre como categorizar o conceito dos jogos de mundo aberto. Apesar de estar bastante relacionado a alguns gêneros específicos (como RPGs e jogos de ação-aventura), mundo aberto se refere principalmente a uma mecânica central, estrutural e fundamental. O termo é autoexplicativo, porém a forma como mundos são mais ou menos abertos às possibilidades de exploração, travessia e expressão própria dependem de como o jogo é pensado e feito. É difícil rebobinar a fita do tempo e tentar encontrar qual jogo foi pioneiro na implementação e popularização do mundo aberto. O jogo de Atari Adventure, por exemplo, era apresentado em imagens quase estáticas e de pouca semelhança com o que conhecemos hoje em games, mas pode ser considerado um dos primeiros jogos a abraçar esse tipo de experiência. Mas provavelmente foi em 1986, com The Legend of Zelda, que foi possível notar traços mais marcantes de mundo aberto em um jogo. Após isso, RPGs tanto ocidentais quanto orientais começaram a se tornar mais populares no final dos anos 1980 e também preferiam dispor seus objetivos e espaços de interesse em um mundo aberto. Popular um mapa com inimigos e desafios de travessia seria uma boa forma de garantir que o jogo se estendesse por dezenas ou centenas de horas a fio. O tempo foi passando e, então, começamos a ver uma repetição nos mundos abertos. Não se sabe ao certo que jogo causou essa exaustão, mas comentamos sobre os quase 10 anos de Far Cry 3 e como ele influenciou e continua impactando no game design da Ubisoft até hoje. Mesmo com essa exaustão, destacamos importantes jogos de mundo aberto da década passada, como Red Dead Redemption 2, The Legend of Zelda: Breath of the Wild e Death Stranding. Veja também Confira nosso último episódio falando sobre o que jogamos e assistimos nas últimas semanas, já disponível em todos os agregadores de podcasts!

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