A Intel não é a primeira empresa a apostar em displays dobráveis. Ainda durante a CES 2020, a Lenovo revelou o PC Thinkpad X1 Fold, um laptop dobrável com tela OLED de 13,3 polegadas. Os modelos acompanham uma possível transformação em dispositivos móveis, com telas flexíveis, considerando, ainda, que tela maior já é tendência há um bom tempo. Os próprios smartphones grandes já são um bom exemplo disso. Nos últimos meses, vimos a ascensão de aparelhos dobráveis como o Samsung Galaxy Fold, Huawei Mate X, Microsoft Surface Duo e o icônico Motorola Razr V3. Confira a seguir os primeiros detalhes e o que esperar do novo Intel Horseshoe Bend e do DG1.
Horseshoe Bend: o primeiro PC dobrável da Intel
A Intel ainda não deu detalhes oficiais do Horseshoe Bend, tendo em vista que se trata de um protótipo. Mas já sabemos que o dispositivo tem display OLED com visualização 4:3 que permite o uso de caneta. O laptop tem 17,3 polegadas de diagonal, um pouco maior do que MacBook Pro da Apple, que tem 16 polegadas. Com isso, podemos considerar que o Horseshoe Bend tem o tamanho de um notebook tradicional. Existe a possibilidade de você dobrá-lo parcialmente em formato “concha”, similar ao Surface, da Microsoft. Para digitar, o usuário pode contar com um teclado virtual (direto na tela touch screen), ou, se preferir, basta anexar um teclado físico, que cobre a parte inferior do ecrã. Com o teclado, ele passa a ter 12,5 polegadas. O Horseshoe Bend é equipado com processador Intel Tiger Lake, que deve chegar aos notebooks neste ano, como revelou o portal CNET. A Intel não adiantou detalhes do processador. Rumores dizem que ele terá capacidade de acelerar gráficos e inteligência artificial (IA). O protótipo apresentado na CES 2020 estava executando Windows 10, no entanto, a empresa espera que o Windows 10X seja um bom sistema para o PC dobrável posteriormente. Com relação às dobradiças, a Intel se recusou a compartilhar detalhes, muito menos o preço do laptop. Mas o Horseshoe Bend deve chegar às lojas a partir de 2021. Vale lembrar que dispositivos de tela flexível ainda são caros. Além disso, existe a preocupação com a durabilidade das dobradiças, mas com relação a isso, eles podem apresentar ótima qualidade e duração conforme a tecnologia for amadurecendo. “Este produto é o culminar de telefones, tablets e PCs. Vai mudar a agulha”, afirmou Niraj Bali, diretor sênior de engenharia do grupo de engenharia de plataforma de cliente da Intel ao portal CNET.
DG1: a primeira GPU da Intel
Ainda na CES 2020, a Intel anunciou um importante passo: investir no mercado de placas de vídeo (GPUs). A empresa, que é líder no setor de processadores, revelou a sua primeira placa, batizada de DG1. O DG1 é baseado na arquitetura Xe, que também irá alimentar os novos chips Tiger Lake. Os dois serão introduzidos em produtos futuros. Durante a Consumer Electronics Show, a Intel demonstrou a placa de vídeo DG1 rodando Destiny 2. Durante o evento, a empresa não compartilhou especificações, mas disse que a placa de vídeo lida com jogos 3D modernos e roda jogos “HD” sem problemas. Na apresentação, a Intel exibiu, com ajuda da Inteligência Artificial, a GPU DG1 melhorando uma foto antiga com baixa resolução. A placa de vídeo deve ser lançada oficialmente ainda neste ano. Fontes: The Verge; CNET; Engadget.