O filho de Marina, Stephen Smith, é dono de uma empresa especializada em tornar a inteligência artificial mais “humanizada”, e aproveitou o falecimento de sua mãe para demonstrar o que exatamente a sua tecnologia pode fazer. Smith disse que a tecnologia permitirá que você converse com seus entes queridos após a morte, com eles respondendo suas perguntas como se ainda estivessem ali ao seu lado.
Como a inteligência artificial funciona?
Stephen Smith explica que as palavras ditas pela sua mãe não foram geradas por uma inteligência artificial, mas sim gravadas antes do seu falecimento. Antes de morrer, a pessoa deve gravar diversas sessões onde responde várias perguntas sobre a sua vida. Então, após a hora chegar, a inteligência artificial seleciona os clipes corretos que correspondem às perguntas realizadas, permitindo que a pessoa falecida responda e converse com todos aqueles presentes. De acordo com Smith, a IA parece reagir e responder como se a pessoa estivesse do outro lado da tela, parecido com o que já vemos em videochamadas. É possível testar a tecnologia agora mesmo dentro do site oficial da Marina H Smith Foundation, ao clicar no botão do lado direito escrito “Talk to Marina”. Ao clicar, a Inteligência Artificial vai permitir que você faça diversas perguntas para Marina sobre a vida dela, incluindo questões sobre sua infância, sua religião, seus pais, seus filhos e muito mais. A Inteligência Artificial também reconhece diversas línguas para realizar as perguntas, incluindo o português. Além disso, no lado inferior esquerdo existe um botão que indica quais os tipos de perguntas que você pode estar fazendo para Marina. Marina H Smith foi a cofundadora do Centro Nacional do Holocausto em Nottinghamshire, onde cuidava e reabilitava diversas vítimas diretas e indiretas do Holocausto, que custou a vida de milhões de judeus durante a Segunda Guerra Mundial.
O que esperar da tecnologia no futuro?
Stephen Smith teve a ideia de criar esta inteligência artificial após trabalhar em um mural interativo para vítimas do Holocausto para a fundação Shoah, e já distribuiu sua tecnologia para alguns famosos da cultura pop. O ator William Shatner, conhecido por seu papel em Star Trek, resolveu documentar a sua vida antes que sua hora chegasse. Ao visitar o site oficial da empresa StoryFile, é possível se deparar com uma versão artificial de Shatner aguardando ansiosamente para responder as suas perguntas sobre a carreira e vida do ator. Smith acredita em um mundo onde as pessoas poderão documentar suas vidas desde cedo, onde um usuário poderá “conversar com ele mesmo do passado, ou apresentar os seus filhos para o você de 18 anos”. Também havia sido levantado a possibilidade de transferir a personalidade de uma pessoa para um corpo artificial, podendo até criar uma versão sintética do falecido, mas Smith derrubou a ideia: Para conhecer mais sobre esta tecnologia e “conversar” com diversas outras figuras, basta visitar a galeria no site oficial da StoryFile. Veja também: Inteligência artificial é algo muito fascinante, não? Então aprenda como usar a ferramenta Craiyon, que cria imagens baseado no que você escreve. Fonte: BBC, StoryLife, PCMag