O que é VR?

A realidade virtual é um tema amplamente explorado há anos, seja no seguimento cinematográfico, de ficção e, claro, na vida real, por meio de pesquisas científicas e tecnológicas. Esse conceito oferece ao usuário a oportunidade de viver uma experiência mais próxima da sensorial possível, só que numa realidade virtual. Hoje em dia, por exemplo, há um jogo popular que traz justamente tudo isso para a prática, o VRChat. No VRChat você pode criar um avatar de acordo com o que sua criatividade mandar: pode ser um dinossauro, pode ser um personagem de anime, pode ser alguém inspirado em algum filme ou série, fica a seu critério. Daí você e outros jogadores podem se encontrar em diversos espaços virtuais para interagir ou jogar mini jogos. Geralmente, jogos em VR são apreciados melhor via óculos especial, que mais se assemelha a um capacete e que traz justamente essa experiência de imersão. Com ele, você se sente, de fato, dentro do jogo, e não apenas um humano controlando um avatar — apesar de ainda ser literalmente isso. No VRChat, por exemplo, a utilização desse acessório é opcional, mas em suma, usá-lo é o que faz dos jogos em VR um diferencial do que estamos acostumados a ver durante os anos, tendo os jogos se limitado a controles, teclado o mouse. Um termo que pode ser visto bastante utilizado ao se referir a essa área, é “metaverso“. O metaverso é como são conhecidos os lugares virtuais e tudo o que envolve o encontro de pessoas em realidades virtuais. Uma pessoa que está muito empolgada e está investindo no metaverso é Mark Zuckerberg, o dono do Meta, empresa dona do Facebook. Ele está explorando diversas maneiras sobre como fazer com que o metaverso seja tão popular quanto suas redes sociais atuais.

Interação social

Um dos propósitos de ter um espaço em realidade virtual é a interação social que é possível através deste meio. Há alguns anos, com o advento da internet, as interações sociais virtuais têm sido utilizadas amplamente. Por exemplo, muitos utilizam mensageiros como o WhatsApp ou as DMs do Instagram, mas isso é uma clara evolução de outras grandes ferramentas de interação social dos princípios da internet, como os fóruns — que funcionam até hoje –, salas de bate-papo e até mesmo outros mensageiros, como o ICQ e o MSN. Estamos, inclusive, presenciando a evolução desses sistemas de comunicação, incluindo o VR. Com ele, quem estiver no jogo pode encontrar uma maneira alternativa de encontrar pessoas para conhecê-las, conversar, se divertir em alguns jogos e tudo o que a plataforma pode oferecer aos usuários. E é aí que entra o objetivo da nossa matéria: falar sobre um documentário em VR que foi feito dentro do VRChat. Ele mostra a vida de duas pessoas — através de seus respectivos avatares –, como elas se conheceram e inclusive desenvolveram um romance. Claro que quem acompanha o meio gamer já ouviu ou até mesmo viveu diversos desses relatos, nos quais jogadores se encontram, conversam e acabam construindo algum tipo de relação. Mas a novidade aqui fica pelo fato disso ter sido registrado, em formato de documentário e dentro de uma plataforma em VR.

We Met in Virtual Reality

Esse é o título do documentário. We Met in Virtual Reality significa “Nos Encontramos na Realidade Virtual“, em tradução livre. Nele, vemos como o criador, Joe Hunting, registra a vida de um grupo de jogadores e suas rotinas. Apesar de serem vários personagens, há destaque para o caso de uma moça que, após uma tragédia em sua família, acabou encontrando no VRChat uma maneira de lidar com o luto, que, no caso, foi fazendo performances de dança para outros jogadores na plataforma — inclusive servindo de ajuda para lidar com o alcoolismo. No documentário, vemos que essa moça, que mora no Reino Unido, encontra outro usuário no VRChat, que mora em Miami, e ambos desenvolvem um relacionamento amoroso. Conforme os exemplos do ICQ e MSN, apesar desse tipo de relação existir, o máximo possível até então era enviar mensagens, fotos e links com vídeos e outras coisas. A vinda das videochamadas foi uma evolução dessas interações, que permitiam sair de mensagens — e possíveis ligações normais — para ver a outra pessoa por um vídeo ao vivo. E agora todas essas alternativas de interações sociais estão um passo à frente com o VR. Voltando ao documentário, a oportunidade dessas duas pessoas de interagirem está além de mensagens; elas podem se ver, mesmo que em avatares, e ter experiências em diversos ambientes diferentes, oferecidos pelos espaços em VR, e, neste caso específico, os oferecidos pelo VRChat. O documentário foi filmado completamente dentro do VRChat, inclusive com uma câmera que simula uma câmera de verdade, com zoom, foco e tudo o mais. E até mesmo o formato usado emula o de um documentário. Esse não é o primeiro trabalho de Hunting, que pretende oferecer ainda mais títulos dessa maneira ao mundo. E você, o que acha dessa nova modalidade de interação social? Conta pra gente nos comentários!

Veja também:

Meta, a empresa dona do Facebook, lança sua primeira plataforma do metaverso: o Horizon Worlds. Fonte: Engadget e Field of Vision.

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