Antes de passar para a lista que pode te fazer ter várias recordações, é bom definir o que é exatamente a obsolescência: algo obsoleto é aquilo que deixa de ter utilidade. Há vários tipos de obsolescência. Ela pode ser programada (quando o aparelho é programado para deixar de funcionar em um determinado período), perceptiva (quando o consumidor é induzido a trocar para ter algo mais moderno) ou funcional (quando o objeto é substituído por algo mais moderno, quando não compensa mais arrumá-lo ou quando você já não encontra mais peças para o conserto. Neste texto, a maior parte das tecnologias obsoletas citadas será por motivo funcional.

Disquete

Se você não conheceu um disquete, isso quer dizer que você é jovem ainda. Basicamente, os disquetes são os vovôs do USB e dos cartões de memória e pais do CD. Eles são discos de armazenamento magnético com plástico por fora e em formato quadrado. Dos anos 70 aos anos 90, o disquete teve uma redução de tamanho de 8 para 3,5 polegadas e aumento da capacidade de incríveis 80KB para pouco mais de 5MB. É importante comentar também que eles foram uma das primeiras formas de transmitir vírus. Quem é fã de filmes deve lembrar que há vários disquetes em A Rede (The Net, 1995), e é por meio de um deles que a personagem interpretada por Sandra Bullock descobre que está em apuros. A versão que sucedeu o disquete atualmente já caiu em desuso: o CD. Apesar de ainda serem usados algumas vezes, os computadores mais recentes não possuem leitor de CD e DVD (bem como os computadores do final dos anos 2000 já não tinham mais leitor de disquete). A evolução do CD e do DVD foi o USB (seja o pen drive ou o HD externo), o qual já caminha para a substituição pela nuvem.

Máquina de escrever (máquina de datilografia)

Dependendo da sua idade, é bem possível que você nunca teve o prazer (e nem passou raiva) digitando em uma máquina de datilografar. A parte boa é que a lógica da digitação é a mesma dos teclados atuais no padrão QWERTY, então não tem tanta diferença assim (só a sensação mesmo). Aliás, há quem afirme que o teclado QWERTY é o mais usado porque ele era mais lento que os outros, de modo que evitava que a máquina de escrever travasse muito quando o datilógrafo era muito rápido. A herança persiste nos computadores e celulares atuais. É difícil dizer que esta tecnologia obsoleta é a mãe do computador porque a máquina de escrever servia apenas para digitar, enquanto o computador sempre teve uma parte lógica por trás. Porém, podemos dizer que ela se tornou obsoleta devido ao uso do computador, que é mais prático e fácil. Afinal, já pensou ter de reescrever uma página inteira toda vez que digita uma letra errada?

Discman, MPs e iPod

O Discman teve seus dias de glória no final dos anos 90, com a ascensão dos CDs. Não era lá algo muito fácil de carregar no bolso, mas o tamanho e o peso eram aceitáveis para serem transportados na mochila. Eles perderam lugar para os MPs. Com relação aos MPs, esses nem são tão antigos assim e tiveram seu auge nos anos 2000. Houve várias versões desses aparelhinhos que permitiam ouvir música: MP3, MP4 e MP5. Muitos eram conectados ao computador via USB (cabo ou diretamente) e podiam ser alimentados por pilhas ou baterias recarregáveis. A capacidade dos MPs foi aumentando ao longo do tempo e era possível achar desde alguns KB a poucos GB. Porém, o que era sinal de status mesmo era o pequenino iPod, da Apple. Ele foi o primeiro player de música pequeno a bombar no mercado e o último a sair de linha. Grande parte desses aparelhos ficou esquecido com o uso do smartphone, já que se tornou muito mais fácil sair de casa levando apenas o celular (com várias funcionalidades) que muitos aparelhos. Para quem gosta de tecnologias obsoletas ou de recordar, ainda é possível encontrar alguns desses aparelhinhos a venda se você garimpar o mercado.

Fita cassete

A fita cassete é uma fita magnética que foi muito usada para gravar áudio. Na verdade, ela substituiu uma tecnologia que ainda é muito amada e bem clássica: o disco de vinil. Quando um lado da fita acabava, era possível trocar o lado e continuar a ouvir. Era comum ver fitas com 30 minutos de áudio por lado. Com auge nos anos 80, o fim das fitas cassetes ocorreu no início dos anos 2000, quando chegou a era do CD. Hoje, com o streaming de música, smartphones e talvez ainda o USB, nem o CD reina mais.

Videocassete/VHS

Assim como a fita cassete, o VHS (Video Home System, em inglês) consistia em gravação magnética de fitas, porém para vídeo e com muitos minutos de gravação. Foi muito popular nos anos 80 e 90 e, se você foi uma criança dessa época, é bem provável que teve um VHS com alguma festinha de aniversário guardada em alguma gaveta escura por alguns anos. Os VHSs foram substituídos pelos DVDs, que perduraram até pouco tempo atrás (talvez alguns ainda perdurem, mas já estão com os dias contados). O USB e a nuvem são os atuais substitutos dessa tecnologia.

Máquina fotográfica de filme

Máquinas fotográficas ainda são muito comuns, principalmente as profissionais. Porém, alguns anos atrás, as máquinas usadas em situações quotidianas eram a base de filme. A situação era um pouco assustadora: não era possível ver a foto (nem repetir o clique como atualmente), o número de fotos era contado e dependia do filme comprado e a qualidade normalmente não era boa. Selfie então, nem pensar. Além disso, era possível perder todas as fotos caso o filme tivesse problema (o que não era raro). Essas são boas justificativas pelo fato de que os adultos atuais não gostam de suas (talvez assustadoras) fotos de infância. A primeira máquina usando rolo de filme surgiu por volta de 1888. Ela foi aprimorada com o tempo. Felizmente, o filme fotográfico teve seus dias contados quando as máquinas digitais chegaram. Porém, o reinado das digitais não durou muito (as amadoras, já que as profissionais ainda são usadas). Rapidamente as câmeras dos celulares superaram as das máquinas, que viraram tecnologias obsoletas.

Celular tijolão

O carinhosamente chamado “celular tijolão” é uma das clássicas tecnologias obsoletas que já teve seus dias de glória. E adivinhe só quais eram as funções básicas: fazer e receber chamadas e mensagens de texto. Isso mesmo, nada de internet, joguinhos, agenda ou tirar fotos. É claro que a qualidade da ligação não era lá uma maravilha (e às vezes era preciso subir na caixa d’água / no telhado para conseguir completar a ligação e era comum gritar ao telefone). Além disso, antes de evoluir para o “tijolinho”, aquele celular pequeno com o jogo Snake (o da cobrinha), o tijolão não cabia no bolso (e era do tamanho de um tijolo mesmo). O celular tijolinho, que ainda pode ser visto em raras aparições por aí, era praticamente inquebrável e fazia inveja nos smartphones atuais que caem uma vez e já quebram a tela. Além disso, digitar mensagens de texto era quase um sacrilégio, já que você precisava ficar apertando as teclas várias vezes para ter uma letra (e tinha de repetir tudo quando passava direto).

Televisão e monitores com tubo de raios catódicos

Não faz muito tempo que os televisores e os monitores com tubo de raios catódicos saíram de linha e não é difícil encontrar um deles por aí. São aquelas telas “cheinhas” que fizeram parte da infância de praticamente todos os nascidos antes dos anos 2000. Esses televisores foram lançados de forma comercial na década de 1920 e viram o preto e branco virar cores, literalmente. Esse amado trambolho foi substituído por televisores de plasma, LED, tecnologias 3D, ultra HD 4K, 8K e várias outras que atualizam tão rápido que fica até difícil listar.

Pager

Os pagers também já tiveram seus dias de glória pendurados nas calças de muita gente por aí nos anos 80 e 90. Eles eram carinhosamente chamados de bips (talvez pelo barulhinho que faziam) e serviam para transmitir uma mensagem codificada de uma central de recados. Para quem ainda não ligou os pontos, ele é o pai do SMS (e avô do WhatsApp?). Uma curiosidade é  que até recentemente os pagers ainda eram um pouco comuns no Japão. Atualmente, depois que até os SMS caíram em desuso (embora ainda existam e sejam largamente usados por operadoras de telefone), os serviços de mensagens usados nos smartphones, como WhatsApp, Telegram e outros semelhantes, tomaram seu lugar.

Tamagotchi e Gameboy

Ícones clássicos da infância de muita gente, o Tamagotchi e o Gameboy eram febre nas mãos das crianças. O Tamagotchi era um brinquedo no qual você precisava cuidar de um animal de estimação virtual, alimentando-o, dando banho, limpando as fezes, dando carinho e mais. O Gameboy, por outro lado, era um console portátil com vários jogos. Ele chegou a ter várias atualizações mais modernas. Ambos foram brinquedos muito populares no final dos anos 90 e início dos anos 2000. Atualmente, esses brinquedos deram lugar ao smartphone, ao tablet e a alguns videogames. Para quem sente saudades, há aplicativos que permitem reviver a infância ao brincar com o Tamagotchi e jogar os joguinhos do Gameboy. Além disso, o Tamagotchi foi relançado recentemente. Bateu saudades dessas tecnologias obsoletas? Qual você acrescentaria a lista? Deixe nos comentários abaixo! Fontes: Interesting Engineering, CCBTechnology.

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