Não é possível cravar a informação com certeza absoluta porque o Comitê Olímpico ainda não respondeu a nenhum questionamento sobre se a informação dita por Pound está mesmo correta, mas é difícil imaginar que um membro do Comitê confirmaria essa informação para um jornal sem o assunto já estar decidido internamente. Por enquanto, não se sabe ainda qual será o futuro do evento, mas segundo Pound o mais provável é de que ele seja adiado para 2021. De acordo com ele, a única coisa que já está decidida pelo Comitê é que a pandemia do COVID-19 não terá chegado ao fim até o dia 24 de julho (data em que a competição deveria ser iniciada) e que o adiamento para o próximo ano era a melhor saída. A fala ecoa o que Yasuhiro Yamashita, presidente do Comitê Olímpico do Japão (país sede das Olimpíadas que se realizariam este ano) disse à Reuters nesta segunda (23), quando afirmou estar considerando o adiamento do evento como a melhor opção para todos.

Mas e se as Olimpíadas não fossem adiadas?

Mesmo que o Comitê Olímpico Internacional escolhesse ignorar a pandemia e manter os Jogos Olímpicos acontecendo normalmente, a edição deste ano provavelmente seria bem desfalcada, isto porque alguns países já afirmaram que não fariam parte da competição se ela realmente acontecesse. No dia 20 de março, o time de natação dos Estados Unidos já havia enviado para o Comitê Olímpico e Paralímpico do país uma carta pedindo para que o evento em Tóquio fosse adiado, e é possível que muitos atletas da modalidade se recusassem a participar do evento caso ele viesse a ocorrer normalmente. Medidas mais drásticas foram tomadas pelo Comitê Olímpico e Paralímpico do Canadá, que no dia 22 de março anunciou veementemente que nenhum atleta do país participaria dos Jogos Olímpicos de Tóquio caso o evento não fosse adiado. Logo após, o Comitê Olímpico da Austrália tomou a mesma decisão, e em votação unânime decidiu que nenhum atleta do país participaria do evento se ele ocorresse este ano. Um dos principais motivos de tantos pedidos por adiamento é que o Japão, sede dos Jogos Olímpicos deste ano, é um dos países com maior número de casos de COVID-19, e há um enorme receio entre atletas e dirigentes de que não há como prevenir que o vírus não seja contraído durante o evento.

Quarta vez na história

Está não é a primeira vez que uma Olimpíada é cancelada ou adiada por conta de um desastre em nível mundial, mas é a primeira em que o motivo não foi uma guerra. As outras três vezes que o evento foi cancelado foram em 1916 (por causa da Primeira Guerra Mundial, em 1940 e em 1944 (ambos por causa da Segunda Guerra Mundial). Com a confirmação de 206 países competindo em 339 eventos, os Jogos Olímpicos deste anos contariam com a presença de mais de 11 mil atletas no total, além de alguns milhões de espectadores que sairiam de todos os cantos do mundo para ir ao Japão ver a competição de perto. Com tanta gente envolvida, fica claro porque um período de pandemia talvez não seja o melhor momento para um evento deste porte. Fonte: CNet

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