A pesquisa foi feita em Marseille, no sul da França, em 24 pacientes diagnosticados com COVID-19. Seis dias após terem começado a tomar o medicamento antimalárico, o vírus teria desaparecido em 75% dos casos. A cloroquina e a hidroxicloroquina atuam como um anti-inflamatório fazendo com que seja liberado mais ar dos pulmões, logo o paciente conseguiria respirar melhor. O medicamento também atua como um descongestionante. O resultado é promissor, mas ainda precisa ser comprovado cientificamente. Três pesquisadores testaram a eficiência da cloroquina e da hidroxicloroquina em hospitais de Pequim, Xangai e Wuhan, onde foi o epicentro primário da pandemia do novo coronavírus. Os médicos acompanharam mais de 100 pacientes com COVID-19. Os resultados demonstram que a cloroquina foi mais eficaz nesses pacientes do que no grupo que recebeu outros medicamentos. Segundos os estudos prévios, a cloroquina e a hidroxicloroquina melhoram o funcionamento dos pulmões e ajuda conter a evolução da pneumonia, um dos quadros mais severos da doença. De acordo com os pesquisadores um tratamento de 500mg de cloroquina por dia, durante 10 dias, seria o suficiente para eliminar o vírus. Nos Estados Unidos o presidente Donald Trump pediu para a agencia sanitária do país aprovar o uso deste remédio contra a malária para tratar o COVID-19. A ordem de Donald Trump foi dada ao chefe da FDA (Food and Drugs Administration), o órgão que regulamenta alimentos e remédios nos Estados Unidos.

Estudos iniciais sobre o uso da cloroquina

Aqui no Brasil, o Ministério da Saúde informou que estudos iniciais demonstram que o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina podem ser promissor. Segundo o Secretário de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, Denizar Vianna ‘’os dados são promissores. Existe uma plausibilidade biológica de que esse mecanismo de ação faça sentido. Só que os estudos são ainda insuficientes. São estudos in vitro, isso significa que não foram feitos em pacientes, são testes de bancada, mas isso sinaliza um medicamento promissor”. Contudo o Secretário alerta que a cloroquina e a hidroxicloroquina deve ser testada em estudos mais bem elaborados e que inclusive já estão em curso, mencionando que a própria OMS realizará um estudo multicêntrico com alguns medicamentos que consideram promissores, incluindo a classe terapêutica de cloroquina para que assim haja a possibilidade de recomendar protocolos clínicos terapêuticos.

Cloroquina só será comprada com receita médica

Para controlar o abastecimento, a Anvisa decidiu enquadrar a cloroquina e a hidroxicloroquina como medicamentos de uso controlado. A medida serve para evitar o desabastecimento destes medicamentos no mercado, prejudicando pacientes para os quais seu uso é recomendado. Em entrevista ao jornal O Globo, a hematologista Patrícia Gonçalves lembra o risco da automedicação porque a cloroquina e a hidroxicloroquina são componentes de medicações em que diversos efeitos colaterais potencialmente graves, como alterações oculares, anemia, aplasia medular, agranulocitose (queda severa dos glóbulos brancos) e queda na contagem de plaquetas. O reumatologista Haim Maleb também explica que a desinformação, sem orientação médica, é muito perigosa. “Os pacientes que realmente precisam sofrem, pois o medicamento é insubstituível. Com a falta do remédio, a doença pode voltar a entrar em atividade, o risco pode ser fatal.” A Anvisa também lançou nota técnica informando sobre o medicamento, destacando as indicações que já se encontram aprovadas para seu uso. Ela reforça que para novas indicações terapêuticas são necessários estudos clínicos estruturados, que demonstrem segurança e eficácia para o combate, no caso da cloroquina, ao novo coronavírus. Fontes: Olhar Digital, CCIH, O Globo, G1, Anvisa

Cloroquina  como a substancia ser  utilizada no combate ao coronav rus - 59