Isso é possível devido ao uso da tecnologia DSS (Compartilhamento Dinâmico de Espectro, em sua tradução literal) da Ericsson, em que a rede 5G da Claro vai conseguir distribuir recursos entre os smartphones atuais, que operam nas gerações anteriores, junto com os novos, que começam a ser vendidos em breve em solo brasileiro e que, de quebra, muito provavelmente serão compatíveis com a rede 5G DSS. Na próxima semana, tanto a Claro, quanto a Ericsson, a Motorola e também a Qualcomm, vão detalhar seus planos de implantação da nova tecnologia no Brasil, como a cobertura inicial de rede 5G DSS e o início das vendas do primeiro aparelho compatível no mercado. A Claro foi pioneira na comercialização no Brasil do 3G em 2007, do 4G em agosto de 2012, e foi pioneira também no lançamento do 4.5G no país, em 2017. Agora, sai na frente também no lançamento comercial do 5G DSS.
A jornada do 5G no Brasil
Vale lembrar que a chegada do 5G está em sua primeira fase e, que, ao longo das próximas semanas a Claro vai desenhar todo o seu plano de ação para implementação da tecnologia no mercado brasileiro. O primeiro passo trata-se de todos os investimentos feitos para implantar o 5G DSS, nas frequências atuais. Serão automaticamente aceleradores da implantação definitiva, com a posterior adição do espectro de 3,5 GHz e das faixas de onda milimétricas. Além das regiões que serão atendidas no plano inicial de implantação a ser anunciado pela Claro, a cobertura do 5G DSS vai, como é esperado, crescer gradualmente nos próximos anos. Já o espectro adicional, que será leiloado pela Anatel em data futura, possibilitará expandir a capacidade de transmissão. Por utilizar frequências mais altas que as disponíveis no mercado no presente momento, as novas faixas de espectro alocadas vão exigir a implantação de uma grande quantidade de antenas, para garantir cobertura e capacidade. Quanto mais alta a frequência, menor é o alcance e maior a necessidade de antenas de transmissão de sinal. Outra evolução necessária na infraestrutura, nesse caso para redução da latência, será a virtualização de funções de rede, com a descentralização do core para datacenters mais próximos dos clientes, tecnologia conhecida como edge computing. A jornada rumo à solução definitiva e esperada do 5G, portanto, será longa e ainda vai requerer muito investimento, trabalho e tempo para implantação em todo o país.
A evolução do 4.5G para o 5G
Outro fator importante e acelerador da adoção do 5G DSS é a recente incorporação da Nextel, um importante aporte que possibilita à Claro ter hoje a maior quantidade de espectro alocado no SMP, combinando os espectros adquiridos por cada operadora e respeitando todos os limites estabelecidos pela Anatel. Com mais espectro e performance superior da rede 4.5G, a Claro tem condições únicas para fazer o compartilhamento da rede com o 5G DSS, garantindo mais qualidade de experiência e ainda contando com o 4.5G para complementar a cobertura onde o 5G DSS ainda não está disponível.
Um trabalho de anos
Os esforços claro, são de outrora, já que, desde 2016, a Claro vem tornado a implementação do 5G uma realidade. Em 2016, demonstrou uma rede pré-5G, com 5,6 Gbps de velocidade na faixa de frequências de 15GHz. Já em 2017, levou a realidade do uso de carros autônomos graças à baixa latência da tecnologia. Em 2018, pela primeira vez no país, apresentou uma transmissão de vídeo Ultra-HD 8K em uma rede experimental de quinta geração. Ainda em 2018, foi pioneira ao instalar uma antena 5G no Brasil, no Rio de Janeiro, passando a colaborar com a Anatel e transformando o Centro de Pesquisas da Ilha do Fundão no laboratório de certificação da tecnologia no Brasil. No final de 2019, a empresa protagonizou mais um marco tecnológico: fez do Allianz Parque o primeiro estádio brasileiro com a tecnologia. Na demonstração, pela primeira vez o Brasil viu uma transmissão holográfica em tempo real pela rede 5G, que permitiu levar o músico Lucas Lima ao palco do espetáculo Led Zeppelin In Concert, com a Nova Orquestra, e fazer uma apresentação para o público. Na ocasião, o artista estava a aproximadamente 17 quilômetros do estádio, na sede da Claro, localizada no bairro de Santo Amaro, Zona Sul de São Paulo. Já na virada do ano, de 2019 para 2020, a Claro apresentou uma inovação das transmissões de grandes eventos no Brasil e viabilizou, em parceria com a Rede Globo, a primeira transmissão 5G do Réveillon de Copacabana, a maior festa de Ano Novo do planeta. Com o anúncio, a Claro assume um dos papeis de protagonista na jornada de implementação no 5G no Brasil e encerra de vez as grandes expectativas criadas a seu respeito. Ao longos das próximas semanas, a empresa vai anunciar seu plano de ação. fonte: Claro