Atualmente, o país vive uma pandemia dentro de uma pandemia. Isso porque uma parcela da população se vacinou contra a COVID-19, mas outra ainda resiste em um movimento antivacina, contrária à imunização de seus residentes. Segundo o presidente, “a única pandemia que temos é entre os não vacinados”. O problema se alastra quando essa parcela da população se recusa a tomar dose de qualquer vacina e ataca a campanha pró-imunizantes, estendendo ainda mais o prazo do fim da pandemia, que já está fechando o seu segundo ano.

A desinformação sobre vacinas da COVID-19

A meta da campanha era vacinar 70% da população até 4 de julho, Dia da Independência no País, data histórica importante para os estadunidenses. No entanto, os resultados atingiram 67%, com um bônus de milhares de pessoas que sequer demonstraram interesse em tomar a vacina. Em um parâmetro do estado da pandemia no país, os casos de COVID-19 aumentaram 70% em apenas uma semana. Os óbitos tiveram alta de 26%. Os números avançam principalmente nos locais onde há menor engajamento na vacinação. O governo estima que uma das principais causadoras dessa onda de rejeição de vacinas seja o Facebook, uma das maiores redes sociais usadas hoje. Dentre nomes como Twitter e YouTube, as autoridades norte-americanas acusam a empresa de Mark Zuckerberg de não aderir a políticas de combate certeiras contra a propagação de notícias falsas sobre a vacinação. Em comunicado público, o Facebook afirma estar cooperando com a apuração de informações duvidosas e reitera suas ações a favor da vacinação do público. Embora explicativo, o discurso da empresa não pareceu muito contente com as acusações dos legisladores. O Facebook endossa que 3,3 milhões de norte-americanos, usuários da rede social, utilizaram o mecanismo de localização de vacinas e onde encontrá-las dentro da plataforma. Segundo a empresa ainda, foram removidas 18 milhões de informações falsas sobre o novo coronavírus. Guy Rosen, vice-presidente de integridade no Facebook, revelou dados que apontam a diminuição de 50% na hesitação da vacina por parte da população, bem como 85% afirmaram ter sido vacinados ou possuem o interesse de serem imunizados. “Esse e outros fatos contam uma história muito diferente daquela promovida pelo governo nos últimos dias”, conta. Além disso, Rosen declarou que o Facebook tem feito a sua parte, ao contrário do que as autoridades acusam. Em uma tréplica, Jen Psaki, secretária de imprensa da Casa Branca, disse que plataformas de interação online, incluindo o Facebook, têm feito o mínimo, mas não o suficiente para combater a desinformação sobre vacinas. “Obviamente, eles deram alguns passos, mas está claro que há mais atitudes que podem ser tomadas”, pontuou. A secretária oficial relatou que, de acordo com relatório do Centro de Combate ao Ódio Digital (CCDH) publicado em maio deste ano, apenas 12 pessoas foram responsáveis por gerar quase 65% de informações incorretas nas mídias sociais. O Facebook se mostrou contra a metodologia e diz que incentiva a utilização de ferramentas sobre vacinação para todos os seus usuários. O YouTube e o Twitter, locais de grande circulação de informações, ainda não se posicionaram a respeito. O desentendimento entre as autoridades dos Estados Unidos e o Facebook escancaram a necessidade em comum de combater a falta de informação sobre a COVID-19 – ou a manipulação de má fé dela -, principalmente no meio digital. Enquanto houver resistência por parte do movimento antivacina, ficará cada vez mais difícil obter resultados satisfatórios da campanha nacional de vacinação, além da mudança significativa nos números de internações e óbitos.

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