Zen 3+
No centro de tudo há a famosa arquitetura Zen. Super elogiada e já considerada uma das melhores no mercado, seja para desktops ou notebooks, a nova investida da AMD se dá com a Zen3+. Segundo a empresa, a chegada da tecnologia permite inovações importantes, como um design capaz de fazer com que os Ryzen 6000 alcancem frequências maiores e mais estáveis, chegando a até 5.0 Ghz com o Max Turbo. Dessa vez a AMD decidiu trabalhar com uma fabricação em litografia de 6 nm (nanômetros), que além de ajudar os chips a comportarem tecnologias de conectividade, por exemplo, adiciona cinco camadas de recursos:
A própria litografia otimizada;O Zen 3+ passa a ser melhorado para ter um equilíbrio de energia maior;“Reorganização” do SoC e melhor uso do Infinity Fabric;Firmware com algoritmo mais inteligente para trabalhar com diferentes perfis de uso (uso silencioso, balanceado, performance);Melhorias no que diz respeito a imagem externa em monitores, como correção de erros, aplicação de FreeSync e buffering.
Com a arquitetura Zen 3+, a AMD conseguirá explorar novas possibilidades que antes somente a Intel vinha dominando. Os Ryzen 6000 terão a compatibilidade com módulos de memória DDR5 / LPDDR5, Bluetooth 5.2, conexão Wi-Fi 6E, PCI Express 4.0, e cancelamento de ruído em tempo real para vídeos, e reuniões online.
Energia
Um foco importante do lançamento para a empresa é a capacidade dos novos processadores em — teoricamente — ter uma performance maior sem consumir tanta energia. A ideia é ter três linhas principais de processadores, indo de 15 W a 45 W: portáteis mais finos para transportes; finos entusiastas e os ultra entusiastas, respectivamente. Antes de entrar nos pormenores de cada linha especificamente, a AMD ressalta que a vida da bateria aumentou significativamente. Os processadores foram projetados para trabalhar com reprodução de vídeos para até 24 horas. Isso já havia sido comentado na CES, e embora a companhia tenha dito que nem todos os processadores terão essa eficiência, a informação ainda agrada bastante em saber que para certas atividades poderemos dispensar o uso de tomadas por um tempo. Os processadores com eficiência de 15 W foram projetados para ter uma bateria similar aos de 28 W. Na realidade esses dois cenários são os que menos devem consumir energia ou aquecer. Com o passar dos anos tanto Intel quanto a AMD vem aperfeiçoando suas técnicas para criar notebooks mais finos e com boa autonomia e performance.
RDNA 2
No lado das das GPUs, finalmente a série Ryzen 6000 trará novidades ao vídeo integrado. Daremos adeus ao VEGA e celebramos a chegada do RDNA 2, que garante mais desempenho e melhor eficiência energética nos projetos em que está presente. Além de promessas, o RDNA de 2ª geração é muito bem visto no mundo dos PCs e videogames pela crítica e público. A microarquitetura equipa os consoles PlayStation 5, Xbox Series X e S, além das placas de vídeo dedicadas da AMD: as Radeon RX 6000. Dentre os destaques, teremos frequências cerca de 300 MHz mais altas, com um clock chegando a 2.5 GHz nos modelos topo de linha. É esperado que a estabilidade do sistema fique cada vez melhor graças a adição das memórias RAM DDR5. O fato de terem frequências mais altas e canais de comunicação mais rápidos com o processador deve permitir que hajam menos gargalos na hora da jogatina, por exemplo. A intenção da AMD aqui é clara: levar a potência de placas de vídeo dedicadas para o segmento. Segundo a empresa, “os gráficos integrados nunca estiveram tão poderosos para rodar games AAA em Full HD”. Embora até pareça uma máxima além da realidade, o RDNA 2 se prova muito eficiente em performance, então é realmente possível que esse seja um passo importante. Aliás, as placas integradas estariam tão parrudas que em alguns casos dispensariam uma placa de vídeo dedicada. Contanto, é esperado que apenas os modelos mais potentes de processador acompanhem chips gráficos com tamanho desempenho.
Os AMD Ryzen 6000
Finalmente chegou a hora de conhecer melhor estes tão esperados processadores. O portfólio completo que a AMD está apresentando para 2022 parte do mais básico, o Ryzen 5 6600U, até chegar ao “peso pesado” da competição: o Ryzen 9 6980HX. Em comparações com modelos da Intel, como o Core i7-1165G7 com gráficos integrados Intel Iris Xe, o Ryzen 7 6800U consegue quase que o dobro de performance na maioria dos jogos ao lado da Radeon 680M. Em contrapartida, num duelo AMD vs AMD, o Ryzen 6900HS com uma Radeon 6800S figura entre 9 a 11% de performance a mais do seu antecessor, o Ryzen 9 5900HX com uma GeForce RTX 3080. Quando falamos em produtividade e multitarefas, os processadores Ryzen 6000U de 15W chegam a ter até 17% a mais de desempenho quando comparado aos Ryzen 5000U, também de 15W. Já as versões U mais potentes com 28W aumenta o gráfico para uma velocidade de até 37%. Em games, graças a arquitetura baseada em RDNA 2, os Ryzen 6000 conseguem dobrar o nível de performance em comparação com os Ryzen 5000 da geração anterior. Algumas informações ainda indicam que as placas mais topo de linha do segmento estejam em pé de igualdade com a GTX 1650 voltada para notebooks, indicando um gameplay de jogos AAA em Full HD em qualidade baixo e/ou média.
Disponibilidade
Os Ryzen 6000 começam a povoar o mercado já em fevereiro com a linha HS, enquanto os segmentos U e HX chegam apenas em março. Dentre as fabricantes que estão trabalhando com os processadores podemos falar das tradicionais ASUS, Razer, Lenovo, Dell Acer, HP e Microsoft. Agora, basta aguardar os lançamentos para trazermos nossas análises para você, leitor. E aí, o que achou desses processadores? Aproveita e vai conferir tudo que a AMD anunciou na CES 2022, desde as novas CPUs para desktop até sua nova GPU de entrada.
