Como ocorre a evolução humana

O homem, assim como outros animais, possuem ADN, que nada mais é do que um composto orgânico cujas moléculas contêm as instruções genéticas que coordenam o desenvolvimento e funcionamento de todos os seres vivos, e até mesmo de alguns vírus. Todos aqueles que possuem esse composto em seus genes estão sujeitos a mutações. Por vezes, uma dessas mutações afeta uma caraterística importante, como a cor da pelagem de um animal ou um comportamento específico. Com o passar do tempo, tais mutações favoráveis expandem-se entre uma população e muda a sua aparência e até o seu modo de viver. Ocorrendo durante tempo suficiente, pode até dar origem a uma nova espécie. No entanto, pequenas mutações podem passar despercebidas ao longo do tempo. A evolução é uma mudança gradual no DNA de uma espécie ao longo de muitas gerações. Pode ocorrer por seleção natural, quando certas características criadas por mutações genéticas ajudam um organismo a sobreviver ou a se reproduzir. Diferente do que muitos acreditam, a seleção natural não favorece os indivíduos mais fortes e sim os mais adaptados a determinado ambiente. Tais mutações são, portanto, mais prováveis ​​de serem passadas para as próximas gerações. Gradualmente, essas mutações e seus traços associados tornam-se mais comuns em todo o grupo.

As evoluções continuam

Ao olhar para os estudos globais do nosso DNA, podemos ver evidências de que a seleção natural fez mudanças recentemente e continua fazendo. Embora os cuidados de saúde modernos nos libertem de muitas causas de morte por doenças, em países sem acesso a um bom sistema de saúde, as populações continuam a evoluir. Sobreviventes de surtos de doenças infecciosas, por exemplo, impulsionam a seleção natural, transmitindo sua resistência genética à prole. Nosso DNA mostra evidências de evolução genética recente para resistência de doenças assassinas como a Febre de Lassa e a Malária. Os seres humanos também estão se adaptando ao seu ambiente. Mutações que permitem que humanos vivam em grandes altitudes tornaram-se mais comuns em populações do Tibete, Etiópia e Andes. A disseminação de mutações genéticas no Tibete é, possivelmente, a mudança evolutiva mais rápida em humanos, ocorrendo nos últimos três mil anos. Esse rápido aumento na frequência de um gene mutante que aumenta o conteúdo de oxigênio no sangue dá aos habitantes locais uma vantagem de sobrevivência em altitudes mais altas. A dieta é outra fonte de adaptações. Evidências indicam uma adaptação recente no Ártico devido à dieta rica em gordura de mamíferos da sua população. Estudos também mostram que a seleção natural vem propiciando uma mutação que permite que os adultos daquela região produzam lactase — a enzima que quebra os açúcares do leite. Esse seria o motivo pelo qual alguns grupos de pessoas podem digerir o leite após o desmame. No entanto, podemos também estar nos adaptando à dietas pouco saudáveis. Um estudo de mudanças genéticas familiares nos Estados Unidos durante o século XX encontrou evolução genética para redução da pressão arterial e níveis de colesterol, os quais podem ser letalmente aumentados por dietas modernas ricas em gordura e carboidratos — os famosos fast foods.

Mas, afinal, a evolução humana já acabou ou continua?

Certamente os humanos ainda estão evoluindo, mas a evolução agora é tão direcionada pela nossa cultura e pela tecnologia que inventamos, como é pela biologia. E essa evolução, de acordo com alguns cientistas, pode estar ocorrendo mais rápido do que nunca. Além disso, os outros animais, incluindo os macacos, continuam também a evoluir — especialmente agora, em resposta às enormes mudanças causadas pelos humanos no seu meio ambiente. O Homo sapiens é muito diferente de espécies anteriores. Os seres humanos de hoje também já não são mais como os que viveram há 10 mil anos. E, provavelmente, aqueles do futuro serão diferentes de nós. Isso porque, mesmo que nem sempre percebamos, ainda estamos evoluindo. Uma coisa é certa: todos os hábitos e escolhas provocam mudanças no corpo humano e alterações. Veja também: Gel sintético promete ser o primeiro anticoncepcional hormonal masculino; saiba como ele irá funcionar. Fontes: Phys, National Geographic.

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