Produtividade foi um assunto que ficou em alta durante a pandemia por causa da dificuldade que as pessoas tiveram em manter o foco no trabalho. Além disso, um dos grandes problemas do home office é que o trabalho acontece no mesmo local da vida cotidiana. A divisão casa-trabalho deixa o senso de alerta sempre ligado. Isso faz com que essa atividade se torne a desculpa perfeita para tudo. O almoço dura menos tempo porque há trabalho a ser feito, não existe a prática de exercícios porque o dia está corrido, nem tempo para um livro, porque existem muitos e-mails na caixa para serem respondidos. É comum a pessoa passar praticamente o dia inteiro em frente ao computador. E daí, quando quer parar para relaxar, acaba entrando nas redes sociais, vendo vídeos no Youtube ou se atualizando das últimas notícias. De acordo com Cal Newport, autor do livro Trabalho Focado: Como ter Sucesso em um Mundo Distraído, essas pausas são pouco saudáveis pois as pessoas se mantém no mesmo ambiente e com a mesma postura. Newport deixa claro que o que faz diferença na pausa é a mudança de contexto; ele diz: “Se você faz uma pausa no meio do dia, uma das coisas que você deve evitar, é algo que está no mesmo contexto do trabalho normal.” Entretanto, para conseguir um momento que saia do contexto, é interessante que você programe em uma agenda em que momento essas pausas acontecerão.

Por que pausas programadas são importantes?

De acordo com o autor, não programar as pausas permite que você possa tirar pausas aleatórias a qualquer momento. Fazer pausas programadas dá uma dimensão de quanto tempo ainda resta para o trabalho, dando mais chance para você se concentrar no que deve ser feito e, depois, aproveitar melhor a pausa. De acordo com o autor, também não adianta programar outras tarefas que não possam ser cumpridas durante o tempo parado, pois isso poderia causar uma espécie de ”confusão mental”. Um dos principais objetivos da pausa é fazer você se sentir renovado(a). Por isso, Newport diz que uma das últimas coisas que você deve fazer em uma pausa é responder e-mails. De acordo com ele, ”E-mail é trabalho”. Os 5 tipos de pausas, baseadas no livro de Cal Newport, são:

Levantar para dar uma caminhada;Tente almoçar em um local diferente;Alongue-se, faça alguns exercícios de ginástica laboral;Vá tomar um cafezinho fora da sua mesa;Se tiver a oportunidade, tire um cochilo de 15 minutos.

Não se convenceu a tirar pausas programadas? Elas podem trazer várias soluções relacionadas ao trabalho em si e também para o seu corpo. Algumas são:

Novas perspectivas – a pausa ajuda a reavaliar uma situação com outras perspectivas, evitando que você atinja o seu limite, ou que você tome alguma decisão precipitada.Melhorar sua capacidade de resolver problemas – às vezes, quando passamos muito tempo na mesma tarefa, uma solução que buscamos e que pode ser muito simples se torna difícil de encontrar. Fazer a pausa ajuda a simplificar essa busca.Descansa sua visão – passar horas na frente do computador pode ser muito prejudicial aos seus olhos. Pausas ajudam a preservar a saúde da sua visão.Evita lesões – ficar na mesma posição durante muito tempo pode gerar algumas lesões por repetição. Dar um tempo da sua cadeira pode te fazer mais saudável.

O que você deve fazer para manter o trabalho focado

A pausa programada e pensada estrategicamente é um dos pilares do ”deep work” (trabalho focado). Além disso, Cal Newport diz que outro pilar que complementa a pausa é a eliminação de distrações durante o tempo de trabalho. De acordo com o autor, o smartphone é o principal vilão da produtividade. As distrações causadas pelo uso excessivo dos dispositivos estão relacionadas a vários problemas, como a queda de produtividade, diminuição da capacidade de concentração e aumento do nível de estresse. As informações fáceis na tela dão a sensação de que os portais de informação estão sempre abertos, explica o autor. No seu artigo para o New York Times, ele detalha como essa sensação altera nossa capacidade de focar no que deve ser feito. Além disso, o site de tecnologia FastCompany realizou um estudo que fala sobre a troca de tarefas e interrupções no ambiente de trabalho. O estudo conclui que quando há interrupção, há estresse. Usando uma escala de carga de trabalho da NASA, que mede várias escalas de estresse, o estudo diz que o grupo de pessoas que foram interrompidas por notificações e ligações apresentou maiores níveis de estresse. Mesmo que nem todas as interrupções nas tarefas sejam necessariamente ruins, elas ainda estão relacionadas à ”frustração, esforço mental e sensação de pressão”. Eliminar as distrações e determinar um bom calendário com pausas certas é o que pode fazer a diferença no fim do dia de um trabalho remoto e ajudar a superar uma das piores tendências: menor equilíbrio entre a vida profissional e a pessoal. Listamos as melhores e piores tendências de trabalho dos últimos 25 anos que surgiram em decorrência do avanço da tecnologia e pressão social. Fontes: FastCompany, Runrun.it,

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